sábado, 7 de fevereiro de 2015

As fragilidades portistas a nível defensivo

 


Olhamos para o registo defensivo da equipa azul e branca e vemos a segunda melhor defesa do campeonato logo atrás do Benfica. Fruto do trabalho técnico diriam uns, fruto da diferença assombrosa para as restantes equipas diriam outros. Na verdade, não consigo observar um comportamento defensivo na equipa portista que se coadune com estes números. Passo a explicar.

Como já foi possível perceber ao longo da primeira metade da época, o estilo de jogo implementado por Lopetegui baseia-se muito na constante posse de bola e em trocas posicionais no último terço do terreno. Pessoalmente trata-se de um estilo de jogo que aprecio bastante uma vez que defende a velha máxima de com “a bola em nosso poder é impossível sofrer golos” e que vem ressuscitar os tempos de AVB e Vítor Pereira.

Este modelo vive, acima de tudo, da dinâmica que os dois médios interiores (Herrera e Óliver) conseguem imprimir em vai e vêm constantes e na capacidade de Casemiro tapar os espaços que os dois anteriores deixam. Se é verdade que em termos ofensivos o modelo tem funcionado (é frequente vermos Óliver a aparecer perto de Alex Sandro na ala esquerda quando Tello recua e Herrera perto de Danilo quando Quaresma baixa), já na vertente defensiva não está ainda tão afinado. 

Casemiro está longe de ser o polvo que Fernando era, capaz de tapar estes buracos tal como exige o presente modelo portista. Por outro lado, não raras vezes é possível observar uma equipa balanceada no ataque mas que deixa muitos espaços nas costas uma vez que se divide em dois conjuntos completamente distintos como se de um treino se tratasse, deixando para trás apenas os dois centrais e o trinco.

Tem valido a boa capacidade portista na pressão alta que apenas concebe algumas ocasiões aos adversários de passarem esta primeira linha azul e branca.
Veremos o que nos reserva os encontros que aí vêm, nomeadamente da Liga dos Campeões com exigências diferentes das existentes no domínio interno.

PS: A imagem que coloco não é despropositada. Tudo o que este miúdo faz é de uma eficácia impressionante. E não, não se limita a passar a bola para o lado.
 

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