Todos nós conhecemos um amigo, ou amigo de amigo, em que
ficamos com a sensação que é alguém que está inevitavelmente predestinado para
o sucesso. Ou porque é um génio na escola, ou porque se envolve em várias
actividades com afinco, ou porque parece que faz tudo bem, com paixão,
revelando ao mesmo tempo uma grande maturidade e sentido de responsabilidade
desde muito novo.
A nossa sensação quase sempre acaba por bater certo no fim. E
é exactamente esse feeling que tenho quando observo o jovem jogador portista de
21 anos, James Rodríguez, a jogar em campo.
Neste momento em que finalmente conquistou a titularidade,
James é o jogador que puxa a equipa para a frente e demarca-se pela diferença
mesmo quando os colegas parecem adormecer (o que tem sido frequente recentemente).
Ele é bom nas alas, é elegante como organizador, tem muito talento nas bolas
paradas, demonstra uma grande visão de jogo e um sentido posicional excelente
para a idade. Basicamente, James consegue ser o puto maravilha, bom em tudo.
No entanto o aspecto que penso que é mais determinante, está
na sua maturidade e assertividade com que joga. Não é exibicionista, joga
sempre para a equipa, transmite confiança ao adepto de que com ele a bola será
bem tratada e a jogada não se perderá. Por fim, podemos dizer que James não é
um propriamente um miúdo que se perderá na carreira com irreverências e
rebeldias, o juízo e a disciplina parecem estar presentes.
Tenho a certeza que não faltará muito para vermos James
singrar num clube de topo, de um campeonato de topo (esperemos que o campeonato
russo não seja o triste e frio destino).
Sem comentários:
Enviar um comentário