Na sua globalidade, o desporto
permite-nos adquirir/melhorar algumas faculdades que seriam mais difíceis de
obter por outras vias. A habilidade para decidir de forma rápida é uma dessas
benesses que a prática dos diversos desportos nos dá.
Seja no basquetebol, no andebol, no
futebol ou no hóquei em patins, os vários intervenientes – árbitros,
treinadores e jogadores – têm de tomar decisões em fracções de segundo. Mais do
que isso, têm que ter estrutura mental suficiente para saber lidar com o erro
em cada uma destas decisões, sabendo reerguer-se na jogada seguinte.
Acredito que este é um dos factores decisivos
no sucesso de um jogador e de um treinador.
Assim, um jogador será tanto melhor
quanto mais eficazes forem as suas decisões ou quanto mais forte for a recuperar
psicologicamente de um erro. Por seu turno, quanto mais ágil um treinador for a
ler o jogo e a perspectivar as suas tendências, mais perto estará do sucesso.
Obviamente, não teremos um jogador nem
um treinador de top mundial se apenas for bom neste tópico. No entanto, mais do
que nunca, esta é uma dimensão que deve ser trabalhada intensamente nos clubes,
a par das questões técnico-tácticas.
Resiliência, inteligência e perspicácia
são, deste modo, vertentes cada vez mais valorizadas e tidas em conta na altura
de contratar.
Um futebol tão dinâmico como o actual não
se compadece com jogadores apenas dotados nos pés. Que o diga Balotelli…
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