Olhamos para este novo FCPorto e todos pensamos o
mesmo – o que lhe aconteceu de tão grave para tal instabilidade na qualidade
futebolística? Afinal de contas, apenas Falcao e AVB abandonaram o clube.
A insegurança é notória em cada passe; as
desmarcações não acontecem; a defesa parece insegura e o ataque ineficaz; o
meio-campo nem ataca nem defende. Esta é a ideia que transparece a quem vê o
clube jogar.
O treinador procura constantemente diferentes combinações
para combater a baixa forma com que alguns jogadores se apresentam e isso acaba
por retirar fluidez no jogo portista.
Tudo isto é verdade e disso creio que poucos terão
dúvidas. Vamos agora aos factos. O FCPorto está em primeiro lugar com melhor
ataque e segunda melhor defesa do campeonato. Apresenta, aliás, o maior número
de golos marcados dos últimos 60 anos do clube nas primeiras 8 jornadas. Na
Liga dos Campeões, pese embora os recentes desaires, mantém-se na luta para o
apuramento. Na Taça de Portugal cumpriu a sua obrigação.
Este é o verdadeiro caso que demonstra que nem
sempre os números estão certos. Importa contextualizá-los.
Todo este alarido se deve a dois motivos – por um
lado, a estranheza que causa o facto de o clube não estar a aliar os resultados
com boas exibições; por outro, os seus rivais estão fortes e a jogar bom
futebol, aguçando o apetite voraz e sedento dos media na mudança da história
recente do futebol português.
Terá esta equipa – técnica e de jogadores –
capacidade para inverter a situação?
Sem comentários:
Enviar um comentário