Eis que, de repente, concluímos que existem (pelo menos!) duas pessoas que estão claramente a mais no futebol português. Por razões diferentes, mas estão a mais.
Falo de Pereira Cristóvão e de Jorge Jesus.
Não partilho da opinião de alguns de que todos somos inocentes até prova
em contrário. Suporto esta opinião no facto de a justiça portuguesa não
funcionar. Assim, parece por demais evidente que Cristóvão está envolvido num
caso grave e que afeta, mais uma vez, a verdade desportiva.
Duas notas:
1) Como é que um clube da dimensão do SCP, ainda
está ao lado do dirigente? No mínimo, teria que ser demitido pela direção (e
não demitir-se) e a direção não deveria tomar partido sobre eventual inocência
do dirigente. Um clube não pode compactuar com casos graves como este. Mesmo
que seja um clube de dimensão seja relativamente pequena cujo único objetivo da
época é ganhar ao maior clube português… Adiante!
2) Curioso, no mínimo, ver alguém que sempre
criticou arbitragens, que falava em cabalas, jogos viciados, injustiças, alguém
que ao lado de Luís Duque e Carlos Freitas fizeram cenas ridículas após jogos
em que perderam justamente tendo criticado ferozmente os árbitros. Agora
percebemos melhor: mesmo com € 2 mil na conta do auxiliar, o SCP não ganhava: era
uma razão grave para se sentirem injustiçados! Agora percebemos porquê.
Jorge Jesus está no fim de um ciclo que teve momentos absolutamente
inesquecíveis! Futebol brilhante, goleadas, jogadas únicas, formação de
talentos, valorização exponencial de jogadores mas, sendo “a verdade a soma das
partes” (e eu que pensei que a verdade era a soma dos catetos da hipotenusa ao
quadrado…) a verdade é que a soma das partes é muito pouca.
Assim como é muito pouca a capacidade de só ele não perceber a quebra
física que a partir de Fevereiro a equipa apresenta.
A não rotação de jogadores, a exploração física até ao limite de
jogadores nucleares, a teimosia em apostas que só ele entende, as desculpas
esfarrapadas nas conferências de imprensa, o egocentrismo exacerbado no momento
das vitórias mas, sobretudo, a falta de títulos, merecem reflexão.
A saída é o único caminho que lhe resta. Quer ganhe a Taça da Liga ou
mesmo o campeonato.
As soluções para o Banco dum clube da dimensão do SLB não são muitas, mas
talvez Paulo Bento pudesse triunfar. Fica o meu voto!
Assim, por razões diferentes, penso que o tempo de Jorge Jesus já acabou.
O de Pereira Cristóvão, nunca deveria ter começado. Pessoas como ele, são tão
importantes para o futebol como Vítor Pereira para o FCP…
PS: hoje Jorge Jesus tem tudo a
perder e nada a ganhar. Se perder a Taça da Liga, será criticado porque nem o
“caneco da cerveja” ganhou. Se ganhar, será relembrado como aquele que só ganha
o “caneco da cerveja”.
Como portista, espero que não mandem o JJ embora pelo risco de ele ir parar ao Porto.
ResponderEliminarAinda assim, e podendo parecer contraditório, ficaria satisfeito se o benfica trocasse de treinador porque duvido seriamente que arranjem alguém mais capaz para desempenhar a função.