Esta
podia ser a história épica de um homem que, contra tudo o que é expectável pela
restante sociedade, acaba por vencer. Mas, na verdade não é. Ou, pelo menos, acho
que não será.
Falo,
obviamente, do caro Engº Godinho Lopes. Se é verdade que o Sporting já nos tem
habituado a um conjunto de presidentes um tanto ou quanto particulares, a
verdade é que o atual presidente continua-nos a surpreender diariamente. Ao contrário
da gestão “presidencialista” que tanto apregoa, Godinho Lopes tem sido um
verdadeiro navegador.
De
fato, mais do que seguir um caminho estruturado por ele definido, parece assumir
decisões que se suportam única e exclusivamente numa navegação à vista. Procura
manter o barco ao sabor do vento e das marés, ao invés de o tentar segurar com
toda a força com decisões fortes e incisivas. Se o Sporting começa a ter maus
resultados, despede-se o treinador. Continua-se nos maus resultados, despede-se
mais um. Não estão contentes? Ora inventa-se uma função no futebol em Portugal
e contrata-se um manager!
Longe
de mim pensar que a contratação de Jesualdo Ferreira se trata de uma má escolha
– bem pelo contrário! Agora ser “treinador dos treinadores”? Das duas uma, ou
quer fazer de todos nós parvo ao pensar que não está na cara que no final da
época – se não antes – será Jesualdo o treinador -, ou esta é a prova viva
que o “burro não sou eu”.
Expressões
como “(Jesualdo) não vem única e exclusivamente para treinar…” atestam
quem estará enganado.
Na
verdade, os nossos antepassados mostram que caraterísticas como coragem,
determinação e ousadia faziam parte do ADN dos navegadores. Mas reparem, insegurança
e estupidez não estavam nesta lista…
PS: Ah, e a analogia
com Inglaterra é de todo errada. Ora digam-me lá um manager de um clube inglês
que tenha uma carreira de tantos anos como treinador e não esteja como treinador
principal.
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