O
clássico entre Porto e Benfica foi certamente emocionante. Na primeira parte,
mostrou todas as caraterísticas que um jogo como este deveria ter: espetáculo,
emoção, qualidade tática e individual e golos. Porém, na segunda parte a emoção
resfriou e tudo de alguma forma voltou um pouco ao que infelizmente costuma ser:
muitas paragens, quezílias e mais timidez nos momentos ofensivos.
O
jogo também ficou marcado por alguns erros de arbitragem e critérios
incompreensíveis adotados pelo árbitro, erros esses que foram bem destacados e
que criaram fúria em Vítor Pereira e Pinto da Costa. Por entre as declarações proferidas,
lançaram também algumas suspeitas quanto à possível manipulação na escolha dos
árbitros por parte da Liga. Comportamento muito semelhante ao dos dirigentes
benfiquistas nas declarações pós-jogo de anos anteriores. Neste aspeto só se
poderá concluir que tanto os dirigentes do Benfica como os do Porto são
exatamente iguais relativamente ao tratamento que dão a questões de
arbitragem e lançamento de suspeições relativas a eventuais ações de corrupção.
Ou seja, neste aspeto não há nobres nem vilões, são todos iguais.
A
perspetiva que lanço aqui é muito clara. Quando o resultado de um jogo é totalmente
justo e reflete apropriadamente a qualidade de jogo apresentada pelas duas
equipas (e realmente assim foi na minha opinião), deveria ser totalmente imoral
lançar suspeitas relativas a corrupção sobre arbitragem pelo bem do futebol e
pelo bem da integridade e coerência das personalidades que o integram.
Mudando
um pouco de foco, este fim de semana assistimos a um Sporting diferente com uma
dinâmica que não se via há imenso tempo. Será muito cedo afirmar que são
efeitos de Jesualdo, se bem que poderão ser indícios de mudança. No entanto,
apesar de ter assumido a equipa de uma forma um pouco fora do ideal, Jesualdo
poderá incorporar uma parcela importante daquilo que o Sporting precisa: alguém
com grande bagagem em conhecimento e experiência, capacidade de liderança forte
e uma reputação que lhe confere respeito. Restará saber se a estabilidade da
direção leonina acompanhará adequadamente este processo de reabilitação.
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