segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Com a Selecção não se brinca



O futebol está cada vez mais globalizado e influenciado pelo dinheiro. Hoje em dia os jogadores e treinadores vestem a camisola de um clube prometendo todo o seu amor e dedicação à instituição, e num ápice a trocam mal vislumbram um acenar de alguma proposta salarial bem mais abastada.

Numa selecção de futebol, esta realidade ainda não existe (apesar de algumas nacionalizações duvidosas começarem a fazer crer o contrário). Se há momentos no futebol actual em que ainda realmente acredito que um jogador está a sentir a camisola na sua forma mais pura e honesta, é quando mostra toda a raça e dedicação no seu futebol, envergando a camisola da sua selecção.

Fazer parte da selecção portuguesa não deveria ser considerado um fardo, mas sim um privilégio. Representar e defender Portugal, para um português patriótico e que por conseguinte ama o seu país, deveria ser interpretado como uma forma de reconhecimento do seu valor pela sua Pátria e não deveria provocar no jogador nenhuma outra sensação a não ser orgulho, independentemente deste começar o jogo no banco ou no campo.

Faz-me confusão os casos de renúncia à selecção por parte de certos jogadores ainda completamente aptos a defender o seu país. O caso Ricardo Carvalho é profundamente ridículo. Uma pequena birra envolvendo uma opção do seleccionador, resulta num bater de porta sem qualquer satisfação e num virar de costas a todos os seus colegas de equipa e superiores, mas mais grave ainda, foi um virar de costas a toda uma Nação que confiou nele. Não havia palavra mais indicada para qualificar este comportamento. Foi realmente um “desertor”.

Gostaria só de salientar o comportamento exemplar demonstrado pelo nosso capitão, Cristiano Ronaldo. Apesar das circunstâncias, manteve a postura, transmitiu para a imprensa um discurso de união que protegeu o sentido de missão do grupo e, apesar de não ter tido uma exibição de encher o olho ainda consegue ser o elemento que marca dois golos e faz uma assistência. Um exemplo a seguir.  

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