sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Bosingwa e Ricardo Carvalho: o essencial e o acessório



A um treinador são pedidas vitórias.
Paulo Bento, pegou na Seleção, e foi capaz de fazer o que poucos acreditavam: apurá-la para o Euro 2012.
Após um início desastroso e miserável com Carlos Queiroz, Paulo Bento foi capaz de criar um grupo unido, sério, trabalhador e responsável. Um grupo onde “não cabem desertores nem simuladores de lesões”.
Foram palavras duras e exageradas? Parece-me que sim.
Contudo, se as palavras são ou não exageradas, parece-me algo completamente acessório.
Penso que o essencial está lá: o apuramento!
Paulo Bento é selecionador nacional, contudo, isso não o obriga o treinador a justificar publicamente as suas decisões em púbico. Se Paulo Bento entende que Bosingwa e Ricardo Carvalho não têm lugar na Seleção, não penso que esteja obrigado a vir falar em público sobre os seus critérios.
Há uma coisa que nem sempre os treinadores de bancada são capazes de vislumbrar: quem mais contribui para o espírito de grupo. E se Bosingwa e Ricardo Carvalho não fazem parte desses, que sejam então belos espectadores no Euro 2012.
Parabéns a Paulo Bento pelo apuramento e pelo grupo que criou, contudo, aproveitar o momento para pressionar a Federação a tomar uma decisão sobre o seu futuro, parece-me uma decisão egoísta e uma tomada de posição de força de alguém que está com o ego em cima.
Para quem tinha feito um percurso quase imaculado até à data, esta pressão feita através da imprensa não é propriamente um bom tónico para os tempos que se avizinham…
A ver vamos se o essencial continua a ser superior ao acessório, para que os abutres que sobrevoam Paulo Bento não o sintam como uma presa fácil de atacar!

Sem comentários:

Enviar um comentário