A um treinador são pedidas vitórias.
Paulo Bento, pegou na Seleção, e foi capaz de fazer o que poucos
acreditavam: apurá-la para o Euro 2012.
Após um início desastroso e miserável com Carlos Queiroz, Paulo Bento foi
capaz de criar um grupo unido, sério, trabalhador e responsável. Um grupo onde
“não cabem desertores nem simuladores de lesões”.
Foram palavras duras e exageradas? Parece-me que sim.
Contudo, se as palavras são ou não exageradas, parece-me algo
completamente acessório.
Penso que o essencial está lá: o apuramento!
Paulo Bento é selecionador nacional, contudo, isso não o obriga o
treinador a justificar publicamente as suas decisões em púbico. Se Paulo Bento
entende que Bosingwa e Ricardo Carvalho não têm lugar na Seleção, não penso que
esteja obrigado a vir falar em público sobre os seus critérios.
Há uma coisa que nem sempre os treinadores de bancada são capazes de
vislumbrar: quem mais contribui para o espírito de grupo. E se Bosingwa e Ricardo
Carvalho não fazem parte desses, que sejam então belos espectadores no Euro
2012.
Parabéns a Paulo Bento pelo apuramento e pelo grupo que criou, contudo,
aproveitar o momento para pressionar a Federação a tomar uma decisão sobre o
seu futuro, parece-me uma decisão egoísta e uma tomada de posição de força de
alguém que está com o ego em cima.
Para quem tinha feito um percurso quase imaculado até à data, esta
pressão feita através da imprensa não é propriamente um bom tónico para os
tempos que se avizinham…
A ver vamos se o essencial continua a ser superior ao acessório, para que
os abutres que sobrevoam Paulo Bento não o sintam como uma presa fácil de
atacar!
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