Já vai longa a discussão sobre a
influência que os empresários têm no mundo do futebol. Por vezes, parece
inclusivamente, que são eles os protagonistas do espectáculo. Que todos os
fins-de-semana querem estar no onze titular para ajudar a sua equipa. Puro
engano, como é óbvio.
Exceptuando alguns casos (muito)
pontuais, os empresários constituem-se como o grande entrava à estabilidade dos
plantéis. O caso mais recente é o de Guarín. Pese embora considere erradas muitas
das decisões de Vítor Pereira, tem, na minha opinião, toda a “razão” do seu
lado.
Importa dizer ao Sr. Empresário que
não (!), não é por culpa do Guarín que o clube tem estado uns furos abaixo. No
entanto, as suas performances ainda conseguiam estar abaixo da mediania dos
restantes colegas. Sendo assim, mostrando pulso firme, o banco é a melhor
solução. Acontece a ele e tem, necessariamente, de acontecer com todos que
estiverem numa forma miserável.
Numa perspectiva oportunista, as
declarações do empresário não podiam vir em melhor altura – o clube está em
turbulência, o jogador não está a jogar e o empresário quer ganhar dinheiro com
uma transferência que, na sua óptica, já deveria ter acontecido.
Quem
fica mal acaba por ser o jogador, ficando numa posição mais fragilizada e,
sobretudo, menos bem visto junto da massa associativa. De facto, estas
situações começam a ser recorrentes e traduzem os valores pelos quais a
sociedade se move – interesses, dinheiro e fama.
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