quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Egos em cima, comissões elevadas


Já vai longa a discussão sobre a influência que os empresários têm no mundo do futebol. Por vezes, parece inclusivamente, que são eles os protagonistas do espectáculo. Que todos os fins-de-semana querem estar no onze titular para ajudar a sua equipa. Puro engano, como é óbvio.
Exceptuando alguns casos (muito) pontuais, os empresários constituem-se como o grande entrava à estabilidade dos plantéis. O caso mais recente é o de Guarín. Pese embora considere erradas muitas das decisões de Vítor Pereira, tem, na minha opinião, toda a “razão” do seu lado.
Importa dizer ao Sr. Empresário que não (!), não é por culpa do Guarín que o clube tem estado uns furos abaixo. No entanto, as suas performances ainda conseguiam estar abaixo da mediania dos restantes colegas. Sendo assim, mostrando pulso firme, o banco é a melhor solução. Acontece a ele e tem, necessariamente, de acontecer com todos que estiverem numa forma miserável.
Numa perspectiva oportunista, as declarações do empresário não podiam vir em melhor altura – o clube está em turbulência, o jogador não está a jogar e o empresário quer ganhar dinheiro com uma transferência que, na sua óptica, já deveria ter acontecido.
Quem fica mal acaba por ser o jogador, ficando numa posição mais fragilizada e, sobretudo, menos bem visto junto da massa associativa. De facto, estas situações começam a ser recorrentes e traduzem os valores pelos quais a sociedade se move – interesses, dinheiro e fama.

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