segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A paciência é uma virtude


Há momentos na vida em que simplesmente não nos devemos precipitar, mas sim reflectir seriamente nas oportunidades que nos surgem. A nossa ambição desmesurada e desenfreada poderão toldar a nossa capacidade de racionalizar e gerir o nosso futuro, assim como o nosso sucesso obtido poderá alimentar exageradamente o nosso ego, o que nos encorajará a tomar decisões inapropriadas e impacientes.

Saber adiar a gratificação e esperar o momento certo para ascender, será a melhor máxima para uma gestão sábia de uma carreira no futebol como na vida.

Já não será difícil deduzir o tema do assunto a que quero chegar. Existem imensos exemplos de treinadores e jogadores que, tendo todo o tempo do mundo para amadurecerem, desejam chegar ao topo num ápice, para depois caírem redondamente, mostrando a nu toda a sua imaturidade e desperdiçando oportunidades únicas para brilharem.

Falemos no caso Villas-Boas. Um treinador extremamente jovem (mais jovem mesmo que alguns jogadores no seu comando), chegou a um sucesso incrível numa equipa como a do Porto, logo no ano seguinte aceitou treinar um clube de dimensão galáctica como o Chelsea. Apesar de não ter começado propriamente mal a época, neste momento os resultados desiludem e o seu lugar começa a ser seriamente debatido. Será que se Villas-Boas tivesse decidido “amadurecer” mais uma ou duas épocas no Porto, não saberia lidar melhor com estas fases negativas?

Radamel Falcao é outro exemplo. O seu talento e qualidade são indiscutíveis, mas a decisão repentina de sair para um clube espanhol de quase meia tabela é algo estranha. Impressionou nos primeiros jogos, mas rapidamente está a cair no esquecimento nada ajudado pela fase negativa que o Atlético Madrid ultrapassa. Para além disso perdeu a possibilidade de se mostrar na Champions e incrementar a sua visibilidade. Tudo isto por um salário melhor.

Também se enquadra aqui a situação de Vítor Pereira. Visivelmente sem competência e experiência para “pegar” numa equipa como a do Porto, Vítor preferiu assumir tamanha responsabilidade através de um discurso falsamente prometedor, desembocando em consequências trágicas para a sua carreira, que se vê fulminada neste momento pelo insucesso à vista de todos. Talvez se tivesse pensado em amadurecer antes no comando principal nalguma equipa mais modesta da 1ª divisão este insucesso humilhante poderia ter sido evitado.

São exemplos de como as decisões precipitadas e impacientes poderão pôr em risco ou, pelo menos, atrasar a evolução de carreiras que de outra forma poderiam brilhar bem mais intensamente.

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