“Já
vi pessoas ficarem cinco horas discutindo sobre futebol, mas não sobre sexo”, disse o escritor Paulo Coelho aquando da
apresentação do Brasil como organizador do Mundial 2014.
Ainda que porventura exagerada, esta
afirmação ilustra bem toda a dimensão emotiva que está intimamente ligada ao
desporto-rei, o futebol. Embora nos deparemos diariamente no limbo entre o
binómio razão/emoção, torna-se óbvio o peso que a segunda dimensão tem no
domínio futebolístico. O futebol desperta sentimentos únicos – e, por vezes,
inexplicáveis – que contribuem para que se mantenha como desporto predilecto da
maioria.
Este fim-de-semana tivemos a
oportunidade de assistir a momentos verdadeiramente incríveis que para sempre
perdurarão na memória futebolística de muitos. Desde o golo salvador de Tamudo
(quem mais poderia ser?) no Rayo Vallecano, ao golo de Edinho que salvou a
Académica, foram vários os pedaços de história que se eternizarão.
Como expoente máximo está, obviamente,
o duelo de titãs entre os rivais de Manchester. Anteriormente apenas referido
da boca para fora, a expressão “passar do inferno ao paraíso” assume agora uma
dimensão real para os diabos…azuis. Se dúvidas ainda existissem, dissiparam-se
por completo. A verdade é só uma – no futebol tudo é imprevisível, inexplicável
e, sobretudo, emocional. Tudo muda com um simples transpor da bola sobre a
linha de golo. Os adeptos das equipas vencedoras andam mais alegres, produzem
mais e transbordam optimismo. Por seu turno, os derrotados ficam frustrados,
angustiados e, por vezes, de mal com a vida.
É neste efeito agregador e transversal
do futebol que reside o seu grande poder e que, por conseguinte, nos faz ser “viciados”
neste desporto. Ao provocar uma roda-viva de emoções, o futebol está a
contribuir para muito mais do que 90 minutos à frente de uma televisão.
Contribui para que sejamos competitivos, atentos e cada vez mais emocionais num
mundo que nos apela, constantemente, à razão!
PS: Entretanto os campeonatos
terminaram e parece já ficar a saudade, a vontade de ter os fins-de-semana
carregadinhos de jogos para ver. E parece ainda faltar tanto para que o Euro
comece…
o mais engraçado foi ver o mancini dizer que a 5min do fim já não acreditava. Acho que fica mt mal ao timoneiro desistir antes do barco afundar e ainda pior é dizê-lo em público (á imagem do que já tinha feito contra o Sporting onde quase viraram a eliminatória).
ResponderEliminaristo faz-me lembrar uma equipa portuguesa onde a qualidade superior do plantel esconde a incompetência do seu treinador e poderá fazer com que este continue no cargo quando me parece que nem ele percebe muito bem qual a sua função.
Concordo plenamente. Aliás, considero que o título por parte do Man. City não se deve minimamente ao treinador já que por várias vezes parecia desacreditar na equipa.
ResponderEliminarE, sejamos sinceros, ganhar o campeonato após o investimento feito, era o mínimo que se podia pedir...