domingo, 30 de setembro de 2012

O Predestinado





Todos nós conhecemos um amigo, ou amigo de amigo, em que ficamos com a sensação que é alguém que está inevitavelmente predestinado para o sucesso. Ou porque é um génio na escola, ou porque se envolve em várias actividades com afinco, ou porque parece que faz tudo bem, com paixão, revelando ao mesmo tempo uma grande maturidade e sentido de responsabilidade desde muito novo.

A nossa sensação quase sempre acaba por bater certo no fim. E é exactamente esse feeling que tenho quando observo o jovem jogador portista de 21 anos, James Rodríguez, a jogar em campo.

Neste momento em que finalmente conquistou a titularidade, James é o jogador que puxa a equipa para a frente e demarca-se pela diferença mesmo quando os colegas parecem adormecer (o que tem sido frequente recentemente). Ele é bom nas alas, é elegante como organizador, tem muito talento nas bolas paradas, demonstra uma grande visão de jogo e um sentido posicional excelente para a idade. Basicamente, James consegue ser o puto maravilha, bom em tudo.

No entanto o aspecto que penso que é mais determinante, está na sua maturidade e assertividade com que joga. Não é exibicionista, joga sempre para a equipa, transmite confiança ao adepto de que com ele a bola será bem tratada e a jogada não se perderá. Por fim, podemos dizer que James não é um propriamente um miúdo que se perderá na carreira com irreverências e rebeldias, o juízo e a disciplina parecem estar presentes.

Tenho a certeza que não faltará muito para vermos James singrar num clube de topo, de um campeonato de topo (esperemos que o campeonato russo não seja o triste e frio destino).

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