sábado, 3 de novembro de 2012

Serão necessários óculos?


Em 2006 iniciava no reinado azul e branco um novo projeto. Chamava-se Visão 611 e, tal como muitos outros, tinha tudo para dar certo.  
Com as premissas (ou será, promessas?) já habituais de apostar nos jovens valores da formação e suportado no triângulo – rendimento, desenvolvimento e recrutamento -, os líderes nortenhos consideravam que este seria um projeto que terminaria em 2011 com alguns resultados. Embora em Portugal não haja muito o hábito de se fazer avaliações aos objetivos inicialmente definidos, é fácil concluir pelo fracasso deste projeto.
Se é verdade que rendimento, desenvolvimento e recrutamento tem havido que se farta para os lados do dragão nos últimos anos, não é menos verdade que esses vetores não têm sido colocados em favor do jogador português. De Vieirinha a Ukra, passando por Ventura, Tengarrinha, Sérgio Oliveira, entre muitos outros, a verdade é que nenhum se conseguiu afirmar como verdadeira referência portista. Nem sequer com lugar no plantel principal (a exceção é Castro, jogador banal) o que torna indispensável rever tudo e requerer responsabilidades.
Mais do que assobiar para o lado, é preciso tomar atitudes. Das duas uma, ou finalmente se assume que o futebol português não se coaduna com a aposta firme e unicamente direcionada para o jogador nacional (deixando-se de iludir adeptos com falsas promessas), ou se aposta decisivamente em todos os alicerces que possam suportar esse tipo de estrutura baseada na formação.
Seguir o primeiro dos caminhos e dizer que se quer seguir, de forma cada vez mais incisiva, o segundo é que não resulta.
Pelos vistos este foi um projeto a sofrer de miopia cedo de mais…

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