Em 2006 iniciava no reinado azul e
branco um novo projeto. Chamava-se Visão 611 e, tal como muitos outros, tinha
tudo para dar certo.
Com as premissas (ou será, promessas?)
já habituais de apostar nos jovens valores da formação e suportado no triângulo
– rendimento, desenvolvimento e recrutamento -, os líderes nortenhos
consideravam que este seria um projeto que terminaria em 2011 com alguns
resultados. Embora em Portugal não haja muito o hábito de se fazer avaliações
aos objetivos inicialmente definidos, é fácil concluir pelo fracasso deste
projeto.
Se é verdade que rendimento,
desenvolvimento e recrutamento tem havido que se farta para os lados do dragão
nos últimos anos, não é menos verdade que esses vetores não têm sido colocados
em favor do jogador português. De Vieirinha a Ukra, passando por Ventura,
Tengarrinha, Sérgio Oliveira, entre muitos outros, a verdade é que nenhum se
conseguiu afirmar como verdadeira referência portista. Nem sequer com lugar no
plantel principal (a exceção é Castro, jogador banal) o que torna indispensável
rever tudo e requerer responsabilidades.
Mais do que assobiar para o lado, é
preciso tomar atitudes. Das duas uma, ou finalmente se assume que o futebol
português não se coaduna com a aposta firme e unicamente direcionada para o
jogador nacional (deixando-se de iludir adeptos com falsas promessas), ou se
aposta decisivamente em todos os alicerces que possam suportar esse tipo de
estrutura baseada na formação.
Seguir o primeiro dos caminhos e dizer
que se quer seguir, de forma cada vez mais incisiva, o segundo é que não
resulta.
Pelos vistos este foi um projeto a
sofrer de miopia cedo de mais…
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