terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O verdadeiro dínamo!

 

Cada treinador tem a sua personalidade futebolística traduzida no modelo de jogo que defende. Na verdade, todos sabemos identificar o estilo de jogo de Mourinho, de Guardiola, de Vítor Pereira e de Jorge Jesus e quando algum clube os procura está também a “comprar” o seu ADN futebolístico para o clube.

Para os implementar, será sempre necessária a existência de intérpretes à altura, capazes de dar o brilhantismo e garantir o sucesso ambicionado. Entre estes, torna-se natural que alguns jogadores sejam as verdadeiras traves-mestras no xadrez tático do treinador.

Observando os três grandes, é possível identificar rapidamente um conjunto de peças fundamentais em cada plantel. No Sporting, a ausência de Nani e o decréscimo de rendimento da equipa são causa-efeito já demonstrado anteriormente que surgem agravados em caso de menor fulgor por parte de João Mário.

No FCPorto são Jackson e Óliver os verdadeiros motores da equipa que garantem atualmente uma carburação a alta velocidade. Todavia, quando o seu rendimento é menor todo o jogo colectivo se ressente ainda que existam outras individualidades que a qualquer momento resolvem uma partida.

O que hoje em dia diferencia o Benfica dos seus concorrentes é a capacidade de não depender de nenhum jogador, ainda que em muitas alturas da época se possa pensar isso. Ora é o Talisca que se se lesiona lá se vai o Benfica, ora é depois do Enzo sair que o clube vai abaixo, ora é com o Salvio lesionado, ora, ora, ora. Na verdade, nada disto tem acontecido e também não será agora com uma eventual lesão do Gaitan. 

Tudo isto se deve ao verdadeiro dínamo da equipa (e clube!) - Jorge Jesus. A fazer lembrar os tempos de Mourinho em Portugal, JJ dá cada vez mais sentido a um dos clichés mais usados no mundo do futebol que servem sobretudo para jogos de menor importância: “vamos jogar com 11 jogadores e isso é que interessa.”

É bem verdade sim senhor. No Benfica de hoje não interessa quem joga. O estilo de jogo é sempre o mesmo e não depende de quem entra mas de quem está de fora.

Uma vénia…em bom português!

Sem comentários:

Enviar um comentário