Cada treinador tem a
sua personalidade futebolística traduzida no modelo de jogo que defende. Na
verdade, todos sabemos identificar o estilo de jogo de Mourinho, de Guardiola,
de Vítor Pereira e de Jorge Jesus e quando algum clube os procura está também a
“comprar” o seu ADN futebolístico para o clube.
Para os implementar, será
sempre necessária a existência de intérpretes à altura, capazes de dar o
brilhantismo e garantir o sucesso ambicionado. Entre estes, torna-se natural
que alguns jogadores sejam as verdadeiras traves-mestras no xadrez tático do
treinador.
Observando os três
grandes, é possível identificar rapidamente um conjunto de peças fundamentais
em cada plantel. No Sporting, a ausência de Nani e o decréscimo de rendimento
da equipa são causa-efeito já demonstrado anteriormente que surgem agravados em
caso de menor fulgor por parte de João Mário.
No FCPorto são Jackson
e Óliver os verdadeiros motores da equipa que garantem atualmente uma
carburação a alta velocidade. Todavia, quando o seu rendimento é menor todo o
jogo colectivo se ressente ainda que existam outras individualidades que a
qualquer momento resolvem uma partida.
O que hoje em dia
diferencia o Benfica dos seus concorrentes é a capacidade de não depender de
nenhum jogador, ainda que em muitas alturas da época se possa pensar isso. Ora
é o Talisca que se se lesiona lá se vai o Benfica, ora é depois do Enzo sair
que o clube vai abaixo, ora é com o Salvio lesionado, ora, ora, ora. Na
verdade, nada disto tem acontecido e também não será agora com uma eventual
lesão do Gaitan.
Tudo isto se deve ao
verdadeiro dínamo da equipa (e clube!) - Jorge Jesus. A fazer lembrar os tempos
de Mourinho em Portugal, JJ dá cada vez mais sentido a um dos clichés mais
usados no mundo do futebol que servem sobretudo para jogos de menor
importância: “vamos jogar com 11 jogadores e isso é que interessa.”
É bem verdade sim
senhor. No Benfica de hoje não interessa quem joga. O estilo de jogo é sempre o
mesmo e não depende de quem entra mas de quem está de fora.
Uma vénia…em bom
português!
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