sábado, 26 de dezembro de 2009

Um problema de mentalidade


Escrevo isto no “boxing day”. Está tudo dito. O futebol inglês é, para muitos de nós, o que mais nos encanta em todas as suas vertentes: adeptos, árbitros, treinadores e jogadores. A “atmosfera futebolística” no seu esplendor!

Muitos campeonatos têm procurado retirar do campeonato inglês as melhores práticas, tentando-as adaptar localmente, no entanto os resultados práticos continuam por aparecer. Portugal tem sido um desses exemplos. Colocando de parte a questão da qualidade dos jogadores (que obviamente advém das diferentes realidades económico-financeiras), têm sido várias as tentativas (falhadas) para melhorar a qualidade do futebol nacional.

Dois dos exemplos mais paradigmáticos são, sem dúvida alguma, o árbitro Pedro Henriques e Paulo Bento (ou José Eduardo Bettencourt). O primeiro, com o seu estilo muito próprio de apitar, difere totalmente da arbitragem típica portuguesa. Todavia, talvez na tentativa de ser um exemplo a seguir pelo sector tem acabado por adoptar o estilo “deixa-andar” em demasia o que lhe tem custado uma ascensão que merecia. Por outro lado, o já afamado lema “Paulo Bento Forever” que o actual presidente do Sporting proferiu acabou por ser um insucesso em toda a linha. A estrutura do futebol nacional e, acima de tudo, a mentalidade instalada, não se coaduna com sucessivos falhanços desportivos apesar de todo o mérito que Paulo Bento possa ter tido na reestruturação de alguns sectores do futebol leonino.

Enquanto isto acontece por terras lusas, vemos treinadores como Rafa Benitez ou Ársene Wenger a não ganharem nada mas a serem-lhe reconhecidos méritos…sem contestação por parte dos seus próprios adeptos. Possível? Sim, em Inglaterra!

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