Realizando-se desde 1968, a Taça das Nações Africanas é uma competição onde o continente africano, todo ele apaixonado pelo futebol, se revela ao mundo e mostra a sua interpretação muito própria do nosso desporto-rei. Sempre vi o futebol praticado nesta competição com a ideia de estar a ver o futebol no seu “estado mais puro”. De uma certa forma fascinava-me ver a forma como as equipas africanas com a sua dose de ingenuidade táctica, se moviam com uma grande liberdade dentro de campo jogando um futebol ofensivo, alegre, combinado com uma componente física enorme que desembocava espontaneamente nos seus potentíssimos remates.
Chegou o CAN 2010, e quando ligo para a Eurosport (emissora que têm transmitido integralmente esta competição), prendo-me ao ecrã para seguir alguns dos interessantes jogos que têm sido transmitidos. No entanto após o acompanhamento de algumas das partidas fico com aquela sensação de que aquele futebol exótico que me fascinava vai desaparecendo.
Chegou o CAN 2010, e quando ligo para a Eurosport (emissora que têm transmitido integralmente esta competição), prendo-me ao ecrã para seguir alguns dos interessantes jogos que têm sido transmitidos. No entanto após o acompanhamento de algumas das partidas fico com aquela sensação de que aquele futebol exótico que me fascinava vai desaparecendo.
O Burkina Faso, orientado pelo nosso Paulo Duarte, perante uma Costa de Marfim poderosa montou uma autêntica muralha defensiva praticamente impenetrável que ofuscaram super estrelas como Drogba, Yaya Touré e Kalou conseguindo finalmente o tão almejado 0-0. Foi certamente uma estratégia inteligente e eficaz, mas também ao estilo de um jogo europeu.
Já no Grupo D assistiu-se à inesperada derrota dos Camarões perante um “outsider” Gabão. Aos 17 minutos a estrela gabonesa Cousin dá vantagem à sua equipa e a partir daí organiza uma defesa cerrada que funcionou perfeitamente para segurar a vantagem. Tipicamente europeu.
Num total de 16 treinadores que competem no CAN, 10 são europeus e juntando ao facto de que mais de metade dos jogadores da competição jogam na Europa, teremos então que aceitar e conformar-nos com o facto de que esta competição perdeu rapidamente a “pureza” do seu futebol.
http://world-futebol.blogspot.com
ResponderEliminarWorld Futebol
muito bem .. cacha no seu melhor .. es o sucessor do Rui Santos eheh
ResponderEliminarO grafismo do vosso blog ta espectacular!
ResponderEliminarParabens!
Excelente post, bem escrito e com uma análise perspicaz. Concordo inteiramente.
ResponderEliminarAbraço