domingo, 3 de janeiro de 2010

O cantinho da Choupana

Vivendo inicialmente na sombra do histórico Marítimo, o Nacional da Madeira tem sido um claro exemplo de sucesso que muitas vezes não tem sido devidamente reconhecido. Tendo regressado ao convívio entre os melhores clubes nacionais em 2002/2003, tem conseguido de forma brilhante passar a barreira da desconfiança inicial de que seria apenas mais um clube de altos e baixos no futebol nacional, cotando-se actualmente como um dos melhores e mais estáveis clubes portugueses. Presenças assíduas na Taça Uefa e com prestações de qualidade, têm permitido que o clube se comece a dar a conhecer por essa Europa fora.

Goste-se ou não do seu presidente, o que é certo é que este tem tido a notável capacidade de manter um estilo muito próprio e de liderança firme em defesa do Nacional. Na grande maioria das ocasiões é o próprio presidente que realiza a prospecção do mercado, deslocando-se aos diversos países, com especial incidência no Brasil. É aqui que, a meu ver, o Nacional tem obtido a base do seu sucesso. Para além de ter tido treinadores muito competentes (Manuel Machado é o expoente máximo do conjunto de treinadores que já passaram por aquela casa), o clube consegue todos os anos descobrir um ou mais novos talentos. Se repararmos o clube tem ainda procurado ser pioneiro na exploração de mercados aos quais os clubes nacionais não estão muito atentos, reflectindo-se na contratação de jogadores como o montenegrino Tomasevic ou o esloveno Pecnik.

Certamente que todos se recordam de Benaglio, Adriano, Maicon ou Nené. O que é certo é que o clube tem sido capaz de vender bem e contratar jogadores capazes de suprir estas ausências e reforçar outras posições. Esta época o plantel conta com jogadores de qualidade como Ruben Micael, Leandro Salino, Felipe Lopes, Bracalli e ainda o (resgatado) Edgar.

O Nacional é hoje em dia um clube que oferece todas as condições para um jogador profissional se desenvolver e se mostrar interna e externamente. Estável, bem liderado e bem orientado. Quem sabe se não poderá seguir um caminho de crescimento progressivo que o conduza a outros horizontes? Esperemos que sim, para bem do futebol português!

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