terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Tecnologias? Não obrigado!

Definição de futebol: desporto disputado por duas equipas de 11 jogadores cada, com um intermediário – árbitro. Estando a falar de algo que envolve pessoas, humanas, de carne e osso, obviamente estamos a falar de possíveis erros que nunca poderão ser evitáveis.

Assim, imaginemos o seguinte cenário:
Golo do David Luiz contra o Braga o ano passado. O público vibra, a equipa sente, o adepto aplaude mas, de repente, alguém se lembra de usar as “novas tecnologias” e ir a uma cabine ver na TV que David Luiz tinha a unha do dedo grande do pé à frente da linha defensiva do Braga: o golo não é legal. Anula-se o golo, o g.redes repõe a bola com um pontapé de baliza.
Perde-se a espontaneidade do grito, a loucura do golo, o orgasmo da vitória.

Mas iremos apenas recorrer à televisão para ver os lances que dão golo? E aqueles que não dão golo mas que foram mal invalidados? Ah, aí passaríamos a ir ver à TV cada lance do jogo. Ou seja, cada jogo teria a duração de aproximadamente 240 minutos.
E depois? Quem me garante que a linha que marca a unha do dedo grande do David Luiz não pode ser desviada para trás ou para a frente, dois centímetros, conforme a cor clubísitica do informático? E um penaltie? Como vamos avaliar se a carga do Miguel Vítor sobre o jogador do Rio Ave é penaltie? Para mim é claro como água que não é, da mesma forma que em jogada corrida o penaltie do Yebda sobre o Lisandro é penaltie e não podemos criticar o árbitro por o ter marcado… Em jogada corrida, e sem repetições, até o Eusébio admitiria que é penaltie…

Os lances têm que ser avaliados em jogada corrida… Na TV? Depende! O jornal “O Jogo” tem 3 árbitros a opinar sobre jogadas polémicas e nunca os 3 estão em consenso.
Para mim, futebol é uma definição que implica erro, polémica, discussão… Quando isto lhe faltar, o futebol será apenas um conjunto de robots que farão tudo o que estiver pré-programado. Porque não haverão erros, falhanços, esquecimentos, azelhices ou enganos… E quem me diz que isto é adulterar a verdade desportiva das duas uma: ou não sabe o que é o futebol no seu estado mais puro, ou tem muita necessidade de auto propaganda, de se mostrar, de se fazer ouvir e de ter a mania que é superior aos outros, não é Sr. Rui Santos?

Mas afinal, alguém acredita que com as novas tecnologias a polémica irá acabar? Eu não!!! Prefiro que os erros aconteçam, porque o erro, faz parte da vida…
Informática? Tecnologia? Obrigado por tudo, mas não no futebol.

5 comentários:

  1. Se quiser ler a entrevista do Pedro Henriques ao jornal i, verá que ele tem muito boas sugestões para ultrapassar grande parte das questões que levanta. A mais engenhosa é impor uma regra que existe hoje no ténis: cada equipa teria direito a reclamar até um máximo de dois lances (por exemplo) e, só esses seriam objecto de visualização. Eliminar-se-ia assim a tendência para protestar por tudo e por nada. Ah, e os lances poderiam ser ajuizados por três juízes de vídeo, por exemplo. O que não falta é soluções, assim haja vontade de que as conversas se concentrem apenas na redondinha...

    E já agora, que grandes unhas tinha o David Luís na temporada passada...

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  2. Fiquei parvo quando li isto....

    "Assim, imaginemos o seguinte cenário:
    Golo do David Luiz contra o Braga o ano passado. O público vibra, a equipa sente, o adepto aplaude mas, de repente, alguém se lembra de usar as “novas tecnologias” e ir a uma cabine ver na TV que David Luiz tinha a unha do dedo grande do pé à frente da linha defensiva do Braga: o golo não é legal. Anula-se o golo, o g.redes repõe a bola com um pontapé de baliza.
    Perde-se a espontaneidade do grito, a loucura do golo, o orgasmo da vitória."

    Sou Bracarense, fui a Luz nesse dia e assisti a maior roubalheira da historia...."David Luiz tinha a unha do dedo grande do pé à frente da linha defensiva do Braga" fodasse!!!!tava 1metro em fora de jogo!!!!

    Sem Corrupção, o Braga é Campeão!!!!!

    Abram alas ao Lider!!!!!

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  3. Só tenho algo para vos dizer vejam um pouco da NFL, mas com olhos de ver e depois avaliem a sério. Talvez percebam porque a NFL se tornou na Liga mais lucrativa do planeta e se acham que só é vista nos EUA, desenganem-se. Não é perfeita, mas eles são pioneiros na utilização inteligente das novas tecnologias (e não é de agora, desde 1986).
    Mas o problema, não é só as tecnologias, é preciso gente (dirigentes) melhor no futebol e não esta horda de corruptos e incompetentes, que não se justifiquem sempre com os árbitros ou que os condicionem para os beneficiar.

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  4. Sr. Rui Pedro, essa regra é da NFL muito antes de ter chegado ao ténis. A NFL já utiliza o vídeo desde 1986 e o responsável pela arbitragem na NFL é um luso-descendente de nome Mike Pereira.

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  5. Resumindo rápido a minha opinião, sou a favor de tecnologias no futebol no que diz respeito aos chips encorporados na bola ou nas balizas ou lá como for o sistema, de resto tudo que seja, mãos na bola, penalties, faltas, foras-de-jogo, cartões, isso não, tudo isso é subjectivo. Sou a favor apenas nos lances de dúvida relativamente à entrada ou não da bola na baliza. Disse.

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