sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Carisma não se compra… mas vale muito dinheiro!

Se é verdade que na indústria do futebol as capacidades e aptidões técnicas dos treinadores são vitais para atingir o sucesso, importa não desvalorizar a importância que deve ser atribuída a outros factores. Na realidade, existe um conjunto de aspectos que não podem ser adquiridos mas que, não raras vezes, se constituem como elemento crucial.
 
Refiro-me especificamente ao carisma – um activo intangível de valor incalculável. Não se tratando de uma conquista mas sim de um talento (inato, muitas vezes!), é uma qualidade marcante que gera magnetismo, propaga entusiasmo e promove adesão.
 
Os treinadores com este activo valioso são reconhecidos por uma determinada identidade – boa ou má – mas que inspira confiança não só nos adeptos e nos jogadores, como na opinião pública em geral. Olhamos para Jorge Jesus e vemos que, para além das “notas artísticas”, tem um traço forte de personalidade que gera confiança. Observamos André Villas Boas e vemos alguém com um discurso sereno, ponderado e, sobretudo, confiante. Olho para Vítor Pereira e não vejo nada disso. Isso diz muito.
 
No mundo de treinadores, os principais vencedores serão aqueles que conseguirem transformar este carisma em sucesso. Neste transfer, outras qualidades marcarão a diferença. É aí que entram as designadas soft skills – capacidade de liderar, de comunicar, de influenciar.
 
Em suma, vejo poucos treinadores que agregam todos estes elementos/capacidades. Como (quase) todos concordaremos, o expoente máximo mora para os lados de Madrid…

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