O futebol é, por natureza, um desporto no qual as emoções estão à flor da pele. Presidentes, treinadores, jogadores e, acima de tudo, adeptos, vivem o seu clube de forma apaixonada e intensa.
Ainda bem que assim é. Afinal de contas, é esse o encanto do futebol.
Todavia, confesso que fico verdadeiramente incomodado com o fanatismo desmedido que acaba por toldar o raciocínio, impedir a clarividência e, sobretudo, elimina a hipótese de uma discussão saudável sobre futebol. O fanático não se importa com o futebol como um todo, mas sim com o seu clube. Tudo o que o contrarie, deverá ser colocado numa de duas hipóteses – ou os restantes estão todos errados ou então é conspiração.
Infelizmente, este modo de pensar e agir é recorrente e é possível observar nos mais variados domínios da nossa vida – no nosso trabalho, no nosso grupo de amigos e mesmo nos espaços televisivos. Uns dirão que é natural que assim aconteça. Outros, por seu turno, defenderão a inutilidade a que isso conduz. Incluo-me, naturalmente, neste último grupo.
Sendo óbvio que cada um de nós defenda “a sua amada”, considero que deixa de ser assim tão natural quando esta defesa é cega e efectuada sem qualquer critério. Assim acontece com muitos.
Abram-nos os olhos!
Bem meu caro, tens toda a razão neste aspecto, e defendo o teu ponto de vista.
ResponderEliminarMas por vezes, o fanatismo de uns é muitas vezes confundida no meio de outros. Há alturas que o mero adepto defende seu clube contra o fanatismo que adeptos contrários impõem , e, para contrariar ideias, e até acusações, ou ideias focadas meramente para prejudicar outros, tem de mostrar um pouca a pele de fanático.
Confesso que eu próprio me tenho tornado "fanático", mas apenas se deve ao facto de outros se preocuparem mais com o outro clube, do que com o do próprio.
Um velho ditado diz "que um burro não teima sozinho", e portanto compete-nos a cada um continuar burro ou não.
Grande abraço