terça-feira, 6 de março de 2012

Guardar o que é bom!



A história recente do futebol português está repleta de exemplos de valorização de jogadores outrora praticamente desconhecidos. FCPorto e Benfica têm sido capazes de aumentar o valor de jogadores em crescimento e o mercado europeu tem apreciado isso.
Todavia, se olharmos para os exemplos a que me refiro, constatamos que uma grande fatia diz respeito a jogadores estrangeiros. Os clubes saem beneficiados permitindo fazer girar dinheiro e contratar novas promessas, no entanto, o futebol português pouca ganha, já que para esses jogarem outros jovens valores nacionais ficam tapados.
Actualmente o Benfica possui nos seus quadros, um jogador português com um potencial imenso a quem o futuro certamente sorrirá. Falo obviamente de Nélson Oliveira.
Trata-se de um jogador que pode, deve e tem de ser aproveitado pelo Benfica e pela Selecção Nacional. A movimentação que tem em espaços curtos, combinado com o poder de aceleração em longas distâncias e a potência de remate com ambos os pés, são características únicas.
Longe de ser um jogador feito (a decisão errada que ainda hoje tomou é claro sinal disso) é um avançado que deve ser acarinhado pelo clube e gerido com muito cuidado. Quando me refiro a esta gestão, sublinho a necessidade de não cair no habitual endeusamento que é efectuado aos jogadores benfiquistas aquando de uma boa exibição. Se isto for feito, acaba por defraudar expectativas e gerar um sentimento de desilusão. Nolito, Bruno César e Gaitán que o digam.
Deve, sim, ser-lhe transmitida a premência de trabalhar os defeitos e potenciar as virtudes. De lutar arduamente por um lugar entre a equipa e de ter uma vida regrada fora dos campos. Se assim for, creio que ninguém tem dúvidas quem será o futuro ponta-de-lança do Benfica e de Portugal…

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