Independentemente do assunto em
questão, gerir algo é sempre extremamente complicado e, em muitas ocasiões, nem
sempre pacífico para todas as partes envolvidas. Seja no domínio desportivo,
pessoal ou laboral, a gestão de interesses acaba, não raras vezes, em conflito.
Nos dias de hoje, mais do que um mero “fazedor
de tácticas” um treinador deve ter competências abrangentes que lhe garantam
soluções rápidas para conflitos iminentes. São muitos jogos, um longo plantel e
muitas emoções à flor da pele para gerir.
Neste sentido, o Chelsea apresenta-se
como um dos clubes onde a gestão de um treinador deve ser mais difícil de ser
efectuada. Rodeado de um conjunto de jogadores que já fazem parte da mobília,
as notícias que brotam em imensos tablóides dão conta de posições de força
constantes aquando de decisões de afastamento destes jogadores.
Quando vemos notícias a dar conta de
que Lampard, Terry e Ashley Cole fazem questão de viajar em executiva – ao contrário
da restante comitiva -, quando lemos Lampard afirmar com toda a convicção de
que ripostou com AVB quando soube que ia ficar no banco, entre outras
situações, apercebemo-nos de que, independentemente da qualidade que possa ter,
o treinador é e será sempre o elo mais fraco.
Ir afastando gradualmente estes
jogadores será o segredo para rejuvenescer a equipa. No entanto, ao mínimo
afastamento o treinador é constantemente colocado em causa e isso dificulta
todo o processo.
Acredito, assim, que um presidente
deve estar bem presente nestes momentos e fazer perceber aos jogadores que os
lugares cativos são apenas para os adeptos que, ao contrário dos primeiros,
pagam (e bem!) para poder assistir a todos os jogos da época.
Esperemos pelos próximos capítulos em
terras de Sua Majestade…
Sem comentários:
Enviar um comentário