quinta-feira, 21 de junho de 2012

Obrigado Paulo Bento!


Algures a 23 de Maio tinha escrito que era um admirador confesso de Paulo Bento.
Continuo a sê-lo. Hoje mais do que no dia em que o escrevi.
Admiro-o por ser pragmático e pensar pela sua própria cabeça.
Foi capaz de, num grupo de futebolistas com quatro jogadores fora de serie (Coentrão, Ronaldo, Pepe e Moutinho), fazer uma equipa no verdadeiro significado da palavra.
Sente-se e vê-se que mesmo os jogadores suplentes, mesmo aqueles que sabem que nunca serão utilizados, sentem a Seleção e vivem cada vitória como se tivessem marcado um golo, mesmo que ninguém se tenha lembrado que eles lá estão.
 Hoje pouco importa se Manuel Fernandes foi ou não convocado. Ninguém fala do Quim. Bosingwa e Ricardo Carvalho afinal até nem fazem falta. Mais importante: ninguém se lembra do frustrado do Manuel José, do aziado do Carlos Queiroz, do inútil Rui Santos. E ninguém se lembra que foi Paulo Bento que, milagrosamente, nos qualificou quando já nada o fazia prever…
Hoje somos capazes de ver a Seleção como um conjunto que vale muito mais que a soma das partes que a constituem.
Hoje somos capazes de, sem bandeiras nas janelas, sentir a Seleção e vibrar com cada alegria e sofrer com cada tristeza.
Fomos capazes de nos unir em torno de uma causa. Mesmo estando céticos ao início. O que dá ainda mais mérito a quem nos fez acreditar que valia a pena manter acesa a chama da ilusão.
A nós, e aos jogadores.
Porque, tuga que é tuga, acredita.
E, tal como disse a 23 de Maio, “desta é que é”.
Eu acredito.
PS: Eu acredito, mesmo que me faça alguma confusão saber que jogamos sempre com 10 jogadores e o adversário com 12. Em comum, os adversários têm o facto de jogar com um defesa central que se chama Postiga. Mas neste jogo, algures na primeira parte, trocaram e puseram um tal Hugo Almeida. Mérito para este último que conseguiu tirar um golo a Cristiano Ronaldo, após corte que o bandeirinha assinalou fora de jogo…

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