sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Helton, a solidão e a maçã podre

Durante o jogo FCP – Málaga tive pena do Helton. Achei-o triste. Ninguém lhe bateu palmas, ninguém gritou por ele. Na verdade, acho que pouca gente deu pela sua presença.
Não fez uma única defesa digna desse nome, ninguém lhe passou a bola, para além de que todos os seus companheiros de equipa o abandonaram: foram todos jogar para o meio campo adversário.
Nesta primeira mão da Liga dos Campeões, este foi o jogo mais desequilibrado em termos de futebol jogado. Isco, jogador do Málaga, retrata isso de forma incrível: “O FCP só nos deixou respirar”. Eu diria mais: existiram determinados momentos do jogo em que nem respirar eles conseguiram.
Por falar em respirar, existem dois jogadores no FCP que de certeza que têm mais que dois pulmões. Eles correm como ninguém, estão em todo o lado e nunca estão cansados.
Acresce a tudo isto o facto de não errarem passes, defenderem e atacarem com critério e serem o pilar fundamental em todo o equilíbrio da equipa. Falo de Fernando e João Moutinho.
Faz-me um pouco de confusão no final do jogo existirem vozes que dizem: “espero não ser eliminado por causa de um golo em fora de jogo”. Para além de me fazer confusão, enerva-me e revolta-me.
Se forem eliminados, não será por causa do golo em fora de jogo: será por causa de não terem jogado futebol na primeira mão, por não terem construído uma oportunidade de golo, por terem sido dominados e humilhados pelo adversário e por nunca terem jogado futebol digno de uma equipa que merece estar na Champions.
 

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