quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Desnorte de Alvalade


Perante a chegada de um novo treinador e das suas novas ideias acompanhados de uma viragem radical da política de contratações do clube, tudo parecia bater certo para um renascer de um novo Sporting esta época. Os primeiros resultados da era Carvalhal assim o provavam começando com uma boa prestação em Alvalade perante o poderoso Benfica (empate a zero), passando depois por um sinal forte de recuperação, chegando mesmo a arrecadar sete vitórias consecutivas.

Parecia haver provas convincentes de que a formação leonina tinha acabado de entrar de novo numa espiral positiva, assimilando novos mecanismos, novos princípios de jogo, um novo sentido colectivo positivo. Ao mesmo tempo, importantes contratações vieram reforçar o já cronicamente fraco sector defensivo leonino assim como também no ataque, cuja compra de Sinama Pongolle por 6,5 milhoes de euros foi prova máxima de um virar de página da nova filosofia do clube, que não abrangeu o infortunado Paulo Bento.

Mas de repente, tudo parece desmoronar-se mais uma vez. A demissão de Sá Pinto foi um reflexo de uma estrutura directiva extremamente frágil, ao mesmo tempo dentro de campo a evolução do modelo de jogo sportinguista parece ter estancado, os jogadores já parecem não se entender e não conseguem pôr em prática as novas ideias com a eficácia dos primeiros jogos. Mas pior que isso e talvez seja o mais alarmante, é a apatia e falta de vontade dos jogadores em querer mudar o rumo das coisas. Isso foi notório perante o Porto na semana passada, e agora contra o Benfica viu-se que as coisas continuam na mesma, apesar de terem jogado com menos um jogador com base num acto inexplicável de João Pereira.

O Sporting precisa de um grito de um herói, de um verdadeiro líder que saiba reunir as forças e injectar doses consideráveis de ânimo na equipa. A cara impávida e as vezes quase conformada de Carvalhal perante os jogos mostra que não é ele esse líder, talvez seja um treinador muito competente na abordagem técnica do jogo, mas o papel de treinador requer um componente psicológico que envolve saber liderar, saber comunicar com a equipa para a não deixar ir abaixo e acima de tudo tomar as decisões certas no momento certo em pleno jogo, e nesse ponto Carvalhal parece falhar redondamente.

Perante momentos difíceis, o inconformismo destaca-se e no meio do tristonho grupo leonino há uma pequena luz de comando com vontade virar as coisas. Parte dessa luz será Liedson. De personalidade forte e espírito combativo, o Levezinho parece ser dos únicos que não desiste perante a situação negativa da equipa, atacando e também defendendo com garra, Liedson mostra uma atitude contagiante, chegando mesmo a ter que acordar os adeptos amorfos de Alvalade. Também Moutinho fará parte dessa luz, o irrequieto criativo mostra ter iniciativa e vontade de querer abalar a apatia. Talvez a solução sportinguista passe por dar destaque a estes inconformados.

1 comentário:

  1. "Os primeiros resultados da era Carvalhal assim o provavam começando com uma boa prestação em Alvalade perante o poderoso Benfica (empate a zero)."

    poderoso benfica ?! O poderoso que teve de antecipar um jogo pa passar pa 1º lugar? voces são de rir looool

    ResponderEliminar