segunda-feira, 14 de junho de 2010

Mago ou mito?


Podia falar de vuvuzelas, de frangos, da África do Sul, dos assaltos ou do poderio alemão… Podia falar do Ronaldo, da lesão (?) do Nani, da recuperação que afinal só demora uma semana, do talento de Ji-Sun-Park ou até da pancadaria nos treinos de África do Sul e Brasil…

Mas, prefiro falar de algo que um dia o meu grande amigo e camarada Cacha escreveu, começando exactamente com o título que ele começou: mago ou mito?

Escrevo, tal como ele, sobre Ricardo Quaresma.

Próxima paragem: Besiktas.

Cada vez custa mais a acreditar que poderá ser um grande jogador. Cada vez custa mais a acreditar que não passará de um simples malabarista que tem um enorme talento nos pés mas que nunca será capaz de triunfar num campeonato mais exigente que o nosso, de ser capaz de ultrapassar as limitações que o seu feitio demasiado introvertido implicam, de ter personalidade suficientemente capaz de se adaptar a outro país que não Portugal, enfim, de ser um grande jogador.

Começa a ser tarde, cada vez mais tarde, para acreditar que Quaresma poderá ser um grande jogador. Depois dos falhanços em Milão, Inglaterra e Espanha, vai jogar para o 4º classificado da Turquia, sem possibilidade de disputar a Champions. Torna-se difícil perceber duas coisas: o que quer para a sua vida (excluindo os milhões da parte económica, obviamente…) e como tenciona chegar (não vou usar a palavra voltar, pois para mim, nunca esteve no topo do futebol europeu…) à ribalta do futebol europeu.

A Seleccção é cada vez mais uma miragem e, com todo o respeito por todos os outros treinadores, se nem Mourinho fez dele jogador, quem vai fazer? Não basta ter talento e fazer coisas bonitas nos treinos, é preciso mais, muito mais…

Por isso, deixem passar o mito que o mago nunca existiu…

Sem comentários:

Enviar um comentário