domingo, 16 de janeiro de 2011

Pressão? Qual pressão?

“Quanto mais pressão tenho mais forte sou!”

Todos nós nos recordamos de célebres expressões de José Mourinho quando constantemente confrontado pelos jornalistas sobre a exigência que advém do exercício da sua profissão. Esta que agora acabo de citar, foi proferida aquando da chegada do treinador português ao Real Madrid.

Como qualquer um de nós já deve ter sentido – de forma mais ou menos intensa – a pressão faz parte do dia-a-dia de todas as actividades independentemente do dinheiro que cada uma delas possa envolver.

O modo como José Mourinho assume a pressão, encarando-a de forma positiva e como veículo de responsabilização e comprometimento dos seus jogadores é, em toda a linha, notável. Sabendo que a imprensa estará sempre a bater nessa tecla, o treinador português aceita o desafio e transforma algo que, à partida, poderia ser condicionador para um factor catalisador do desempenho da equipa.

Por outro lado, olhamos para os responsáveis de FCPorto e do Benfica e assistimos a um bate-boca constante em que cada uma das partes procura sacudir a pressão dos seus ombros, colocando-a sobre a do seu adversário. Ao contrário do que o treinador do Real Madrid efectuou, André Villas-Boas e Jorge Jesus têm procurado insistentemente desviar o “mau-olhado” que a palavra “pressão” possa eventualmente trazer para as suas equipas. Parece que, ao aceitarem que ela existe, estariam a demonstrar sinais de fraqueza.

Ficam assim patentes duas formas diferentes de gestão da equipa e da sua envolvente que, ninguém duvide, acabam por ter reflexos no rendimento e na auto-confiança que a própria equipa apresenta em campo.

Eu vou mais com a de Mourinho – perante as adversidades ou as exigências, aceitá-las e encará-las como um desafio. Ele não se sente diminuído e consegue mesmo agigantar-se nestas situações.

Se isso é fácil de se fazer? Não! Mas já por isso é que Mourinho é o melhor do Mundo…

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