Já começa a ser um cenário típico de pré-época e que certamente reflecte a política de gestão de informação distinta entre dois clubes. Durante semanas, as possíveis aquisições do Benfica enchem páginas de jornais, os sites e blogs desportivos apetrecham-se com vídeos do Youtube prometedores das suas futuras estrelas. De repente, de um dia para outro, o Fc Porto oferece um valor superior e arruma logo a questão.
Os casos recentes de Danilo e de Alex Sandro, ainda não confirmados, reflectem este fenómeno curioso. Muitos tentam deduzir logo imediatamente que é o Porto que se aproveita das capacidades dos olheiros benfiquistas e que no fim usufrui inoportunamente do seu duro trabalho de prospecção. Mas isto é o que nós deduzimos com base no único material que temos para analisar estas situações: os jornais.
Ora tudo o que vem nos jornais é sempre parte da história. Não sabemos qual o clube que inicialmente se interessou pelos jogadores em questão, apenas se sabe qual o clube que deixou fugir primeiro a informação do seu interesse nesses jogadores, e este simples pormenor pode pôr em causa a eventual dedução mais precipitada.
Porque numa coisa podemos estar certos. As preocupações relativas a fugas de informação são bem mais trabalhadas na estrutura portista do que na benfiquista. O modus operandi do Fc Porto em termos de negócios de jogadores do clube tem como pilar chave o segredo e a máxima discrição de forma a não influenciar o bom rumo das negociações. E é assim que, de uma hora para outra, surgem as notícias bombásticas que ninguém espera vindas do clube azul e branco.
São dois processos antagónicos de trabalhar as negociações que, em última análise, pode fazer toda a diferença. O secretismo portista contrasta com a transparência benfiquista, e o povo lá vai sentenciando que é no segredo que está a alma do negócio.
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