terça-feira, 12 de julho de 2011

Jogos de pré-época: nem todos fazem sentido…


Considero a pré-época a fase mais importante da época. É aqui que se criam rotinas, que se adquirem altos índices físicos, que se fomenta o espírito de grupo, a coesão, que se motivam os jogadores e que se estabelecem objectivos a alcançar durante uma época que é sempre longa, desgastante e com muitos sobressaltos.
Concordo em absoluto que os clubes devem efectuar jogos de pré-época pois só aí os jogadores adquirem o verdadeiro ritmo competitivo, contudo, há jogos que na verdade não são mais que um treino em que os jogadores envergam a camisola oficial do clube.
Assim, podemos considerar que os jogos particulares de Benfica e Porto, que resultaram em 9-1 e 10-1 respectivamente, aumentaram a intensidade de jogo das equipas? Que serviram para preparar os jogadores para a competição? Que serviram para os treinadores tirarem alguma ilação que ainda não tinham conseguido tirar nos treinos?
Na verdade, acredito que estes jogos são apenas mais para motivar e mobilizar adeptos do que para outra coisa qualquer…
Quero acreditar que um treinador é capaz de, num treino, produzir ritmos mais intensos, intensidades mais altas e níveis de agressividade e equilíbrio maiores.
E se me vêm falar de motivação, um treinador tem que ser capaz de manter os jogadores motivados mesmo num treino, caso contrário, não merece ser digno da profissão que exerce.
Não quero acreditar que algum treino do Porto ou Benfica acabem com goleadas com os números expressivos destas.
Assim sendo, será que vale mesmo a pena efectuar estes jogos, com o único intuito (pelo menos sob o meu ponto de vista…) de mobilizar e motivar a massa associativa?
Ou haverá outros interesses que a minha humilde visão futebolística não consegue alcançar?

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