Talvez por se assemelharem ao “produto
nacional”, nutro pelos jogadores holandeses especial admiração futebolística. Entre
o vasto leque de jogadores da laranja mecânica que poderia citar (do meio-campo
para a frente, claro!), individualizo um que, a meu ver, merece especial relevo
– Robin Van Persie.
Oriundo das escolas do Feyenoord, cumpre
esta época a oitava temporada consecutiva ao serviço do Arsenal. Confesso que
não tinha ideia de que já estivesse há tantos anos no clube e é precisamente
esse facto que serve de ponto de partida para a minha opinião. Aos 28 anos dá a
sensação de que já podia ter “explodido” há mais tempo tal a capacidade que
apresenta. Embora também tenha sido seriamente afectado por lesões ao longo das
últimas épocas, dá a ideia de que tem andado um pouco perdido por Londres.
No clube londrino, Wenger já o testou
em diversas posições – de médio ala, a médio organizador, passando pela posição
de nº9. Apesar de, pelas suas características (pouca velocidade, óptima
capacidade de passe), considerar que a posição ideal seria a de nº10, o facto é
que tem estado a fazer uma época muito positiva ocupando a posição de
ponta-de-lança. O forte remate e inteligência têm, de facto, valido muitos
pontos ao Arsenal.
Apesar de apresentar um estilo pouco
ortodoxo, é dotado de um pé esquerdo de potência e técnica invulgar, sendo um
daqueles jogadores que escasseia no futebol actual.
Por tudo isto, considero que merecia
uma oportunidade num clube com ambições distintas das de um Arsenal que “apenas”
joga um futebol bonito…
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