quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ele é o número 10!

De entre os inúmeros chavões futebolísticos que todos nós já ouvimos, destaca-se um que nos diz que “a melhor defesa é o ataque”. Não duvido que assim seja! Aliás, considero o papel de defesa o mais ingrato de todos – se corta o lance não fez mais que a obrigação; se por ventura falha um passe em zona proibida ou não intercepta uma bola é de imediato lançada a sua sentença pública.

No entanto, esta minha constatação do papel ingrato que os defesas desempenham, não me impede de confessar a particular admiração que tenho por aqueles que conseguem desequilibrar ofensivamente; por aqueles que não têm medo de arriscar e de ter a bola nos pés e que comandam todo o jogo ofensivo da equipa. Executam ao mesmo tempo que pensam, têm sobre si os holofotes e as esperanças dos adeptos e, sobretudo, transformam um jogo de futebol numa arte inigualável. São eles que arriscam um passe que mais ninguém imagina, tentam mais uma finta e por isso falham mais vezes. A fronteira entre o fracasso e ser idolatrado é mínima mas, ainda assim, não têm medo de assumir responsabilidades.

Outrora jogadores única e exclusivamente virados para o ataque e com poucas ou nenhumas preocupações defensivas, o número 10 dos tempos modernos tem que ser muito mais que isso. Além de lhe ser exigido que decida à frente, é-lhe requerido que participe activamente em toda a transição e posicionamento defensivo da sua equipa; que seja um box-to-box e, simultaneamente, um organizador de jogo.

Percebo que assim seja. Os níveis de competitividade actuais assim o exigem e aos treinadores não é dada outra alternativa. No entanto, considero que toda esta complexidade e teia táctica a que todos os jogadores estão hoje em dia sujeitos, tem vindo a tirar algum brilhantismo a jogadores com capacidades técnicas notáveis.

Quando vemos jogadores como Maradona, Platini, Baggio, Zidane, Deco e Rui Costa, entre muitos outros, com a camisola 10, rapidamente percebemos da importância que este número assume. Embora não atribua grande importância aos números, considero que não deve ser qualquer jogador a usufruir deste mítico número (e certamente que Gallas não será um deles!)

É por tudo isto, pela capacidade de proporcionarem momentos únicos, pela coragem de arriscarem e de levar o adepto ao êxtase que, grande parte dos melhores jogadores da história, actuaram nesta posição.

A minha vénia a todos eles!

1 comentário:

  1. oi vai uma troca de links?

    p.s ja adicionei o vosso.


    http://imperiofutebolistico.blogspot.com/

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