quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Profissionais?

Sim, a foto não é inocente: para mim, este jogador (?) simboliza tudo aquilo que um profissional não deve ser.

Os agentes desportivos usam e abusam da sua notoriedade, aproveitam-se dela para exporem tudo o que querem, para se mostrarem, para se exibirem; recebem ordenados astronómicos, são tratados como príncipes, vivem no seu mundo de sonho. E o reverso da medalha, qual é?

Sim, seria óptimo que a medalha apenas tivesse uma face, o que implicava que o mundo do estrelato apenas tivesse benefícios, gratificações e luxos, sem que isso implicasse responsabilidades, deveres e compromissos.

Guti simboliza todos aqueles que representam o egoísmo, o egocentrismo e se esquecem que a maior responsabilidade que possuem é social. Afinal, são seguidos, admirados e idolatrados por jovens que, inocentemente, ousam dizer: “um dia quero ser como ele”.

Guti enquanto pessoa, enquanto exemplo a seguir, representa o degredo: ser apanhado com taxa de alcoolemia acima de 2, recusar-se a fazer o teste, estar constantemente a ter comportamentos incorrectos, envolver-se periodicamente em conflitos, para além de que, cada vez que ousa abrir a boca, diz frases como “se tenho dinheiro, tenho que aproveitar. Se não for agora, quando é que vou beber álcool e ir para a discoteca? Quando tiver 40 anos?”

Pois bem, que seja livre de pensar assim, mas então que não use o protagonismo e o mediatismo em prol de algo que não é capaz de defender nem representar, por muito que queira aparecer em acções como ir aos hospitais e a jardins-de-infância.

Talvez chegue o dia em que existam coimas para as irresponsabilidades sociais e para a falta de profissionalismo… Que essas coimas comecem pelo julgamento público de seres absolutamente deprimentes em que Guti representa o expoente máximo.

Não basta ser profissional dentro das quatro linhas, durante 90 minutos. É preciso mais, muito mais…

Acredito que para Guti, profissionalismo e responsabilidade, sejam duas palavras desconhecidas. Será sempre uma pessoa demasiado pequena para poder comportar-se como um grande.

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