quarta-feira, 31 de março de 2010

Post do Leitor - As leis do Jogo

Muitas e muitas vezes os treinadores queixam-se que a equipa adversária perde tempo, faz anti-jogo e mete autocarros em frente à sua baliza. A maioria das vezes estas palavras vêm da boca dos treinadores das melhores equipas, sobretudo quando perdem contra equipas de menor valor. Podemos dizer que cada um luta com as suas armas e é verdade, mas na minha opinião há que lutar contra este tipo de tácticas e pensar em formas de as evitar. Obviamente não me refiro a formas de as penalizar, mas em formas de as contornar.

Tenho uma teoria, que poderia resolver, penso eu, pelo menos a questão da "queima de tempo" muito utilizado pelas equipas, que muito nos irritam quando é contra a nossa equipa. Creio que acabaria com lesões simuladas, com substituições a passo, com os guarda-redes a demoraram "meia hora" a reporem a bola em jogo, e com substituições ao 3º minuto de compensação.

Qual é esta teoria?? Ora,normalmente, e falando de cor, os jogos de futebol terão cerca de 30-35 minutos de tempo útil, entre 90 minutos mais descontos de tempo pré-definido. Acho pouco, muito pouco. Gostámos de ver futebol, então porque não pegarmos no exemplo de outras modalidades como Futsal, Basquetebol, Hóquei, etc, em que o cronómetro pára e se joga todo o tempo definido com utilidade?? Propunha um jogo de futebol por exemplo com 60 minutos, 30 minutos cada parte, mas todo este tempo útil, ou seja quando a bola sai, ou o jogo corrido pára, o cronómetro também pára, e só volta a contar quando o jogo retomar. Sei que a FIFA neste tipo de questões é muito conservadora, mas penso que esta, ou outra teoria do género (não teria de ser necessariamente igual à que referi) seria muito benéfica para o futebol, e para o espectáculo dentro da modalidade, iria melhorar os jogos, o número de golos e acabar com as perdas de tempo inúteis e irritantes no jogo.

O que proponho é que os leitores dêem a sua opinião, lancem novas teorias para melhorar o jogo e o seu espectáculo, como por exemplo, limitar o nº de faltas por equipa e por jogador, como existe na NBA (competição que admiro muito também) em que sempre que se violasse o limite haveria um livre directo sem barreira por exemplo. Novas regras deste género, podendo até aperfeiçoar as que lancei.

É necessário melhorar e aumentar o espectáculo e os espectadores, e por isso como amante da modalidade estou sempre a pensar em formas de a melhorar.

Luís Miguel Duarte (Miguel Joane)


Em resposta à iniciativa que lançamos anteriormente aos nossos leitores, publicamos agora um texto que o nosso leitor Luís Miguel Duarte (Miguel Joane) nos enviou. Desde já o nosso obrigado pela sua contribuição.

Fica o repto lançado para que mais de vocês possam contribuir com a vossa opinião. O texto será, com toda a certeza, publicado.

segunda-feira, 29 de março de 2010

A arrogância de Jesus


Tudo indica que este ano será o ano “encarnado”. O Benfica nunca se sentiu tão poderoso: a equipa joga bem, o plantel demonstra de facto ter uma qualidade acima da média, a identidade e modelo de jogo benfiquista solidificam-se e com isto a cultura vencedora acentua-se, resistindo a qualquer oposição. Todo este sucesso obviamente contagia toda a comunidade encarnada que finalmente após muito tempo voltam a sentir-se como os legítimos donos do futebol português, sentimento expresso em verdadeiros discursos de confiança por parte dos adeptos, jogadores, staff e direcção.

Por entre os inúmeros discursos de confiança benfiquista, destacam-se as palavras de Jorge Jesus. As suas palavras nas conferência de imprensa deixam passar uma mensagem de que está tudo controlado, de que “a equipa respira saúde “ e que nunca esteve tão confiante. Nota-se sempre um discurso protector da equipa e mesmo que eventualmente omita ou desvalorize um qualquer problema ou uma pior prestação da equipa, é um discurso inteiramente compreensível e inteligente a meu ver.

Mas o que é polémico em Jesus são as suas palavras de valorização e mérito pessoal que incluem também ataques directos aos seus colegas. O exemplo mais recente foram as suas afirmações de que ele de uma certa forma é um dos principais responsáveis pela boa forma do Braga, envolvendo directamente o mérito de Domingos. Foram palavras que obviamente caíram mal ao treinador arsenalista e que eram de todo evitáveis, mostrando ao mesmo tempo uma imagem a de que muitos chamam de pura arrogância. No entanto, o que muitos chamam arrogância para mim não passa de uma pura jogada baseada em “mind games” com o objectivo de desestabilizar o adversário. Assim, à semelhança de Mourinho, acredito que para Jesus um jogo de futebol começa na conferência de imprensa que antecede a partida e acaba na conferência de imprensa que a sucede.

Muitos questionam também se os discursos “arrogantes” de muitos treinadores de futebol não serão pouco éticos e desrespeitosos perante os adversários, devendo estes ser humildes e com “fairplay”. Eu não vejo assim. A arrogância é apenas um risco assumido por um treinador que não tem medo de elevar as expectativas, no entanto, se falhar, a queda será muito maior e a sua descredibilização será muito mais intensa. Para mim, treinadores arrogantes que no fim realmente vencem merecerão sempre todo o meu respeito.

domingo, 28 de março de 2010

Bruno Alves: o jogador e o Homem

Bruno Alves (BA), personifica o jogador “à Porto” como normalmente são apelidados. Possui a garra, o querer, o sentimento, a paixão pelo clube.

Como jogador revela-se duro (por vezes em excesso), com um poder de impulsão absolutamente fantástico, com uma entrega e disponibilidade para com o jogo assinalável e com um poderio físico invejável. Por mais fanáticos que as pessoas sejam, e analisando apenas o jogador, dificilmente algum adepto será capaz de dizer que não gostava de ver BA jogar na sua equipa.
Como pessoa, BA, demonstra ser um ser quase irracional dentro de campo: dizer palavrões a cada trinta segundos, dar murros nos adversários, pisadelas no João Moutinho (companheiro de selecção), pontapés no Kardec, provocações despropositadas o jogo inteiro, revelam um Homem sem princípios nenhuns, cujo principal lema é que vale tudo para atingir os fins.

Quando BA for capaz de se estabilizar emocionalmente, mostrar todo o seu futebol e deixar a agressividade e as provocações fora de campo, talvez se torne um dos melhores centrais do mundo.

Caso contrário, não passará de mais um mito, vulgarmente chamado, “jogador à Porto”…

sexta-feira, 26 de março de 2010

E agora?

24 de Março de 2010. Este é um dos dias que mais deverá envergonhar o futebol português nos últimos anos. Embora seja sobejamente conhecido que no plano económico-social Portugal não se encontra numa posição muito favorável, na vertente desportiva considero que Portugal tem vindo nos últimos anos a subir patamares progressivos de qualidade e de afirmação internacional. Não só temos tido a capacidade de atrair jogadores de qualidade para o nosso campeonato, de ver equipas lusas a lutar com os “tubarões” europeus como, inclusivamente, conseguimos escrever uma das páginas mais bonitas no nosso livro de recordações futebolísticas (e não só): a organização do Euro 2004.

Tudo isto não pode ser desperdiçado! No entanto, a hilariante novela a que temos vindo a assistir nos últimos meses em nada contribui para credibilizar o nosso futebol. O primeiro “indício” de que todo este processo não ia acabar bem, deu-se com o constante arrastar de toda a análise do processo sem que qualquer explicação fosse dada. Culminou, como todos sabemos, com um órgão (o Conselho de Justiça) a reduzir drasticamente a pena que um outro órgão (Comissão Disciplinar da Liga) tinha proferido com toda a pompa e circunstância. O que resultou desta fantochada toda? Dois jogadores que já cumpriram mais do que o triplo das penas a que agora foram condenados, que viram as suas carreiras reduzir em 3 meses de actividade e, muito provavelmente, serem-lhe fechadas oportunidades de subir na carreira.

Apesar de isto já ser suficientemente grave, o que considero mais preocupante é que esta será uma questão que vai ensombrar sempre este campeonato e que vai contribuir para mais umas quantas discussões inúteis entre adeptos. O “se” vai ser certamente uma das palavras mais ouvidas e esta liga irá sempre ter esta questão como pano de fundo. O processo irá certamente, arrastar-se ainda mais com compensações aos prejudicados e com mais uns recursos pelo meio e nós, adeptos, cá continuaremos a assistir a este show-off e à descredibilização progressiva do nosso campeonato sem nada podermos fazer.

Tudo isto podia ter sido evitado mas o mal já está feito. E agora?

terça-feira, 23 de março de 2010

A procura de uma selecção na máxima força (Ponta de Lança)


Mourinho disse um dia que substituições nos minutos finais só serviam para queimar tempo e não traziam soluções. Por isso, hoje trago aos leitores mais um dos problemas que acho que assola a nossa selecção, para que possamos discutir soluções antecipadamente.

Hoje gostaria de falar da questão do ponta de lança. Na minha opinião devem ser levados 3 pontas de lança. Se ida de Liedson e Hugo Almeida ao mundial é mais ou menos pacifica e estará garantida, quem é que será a terceira escolha?

Começando pelo último jogador observado por Carlos Queirós, Makukula aparece esta época em grande forma, sendo o melhor marcador do campeonato da Turquia com larga vantagem sobre o segundo classificado. Contra ele tem o facto de ser um jogador com características muito semelhantes às de Hugo Almeida.

A seguir vem Nuno Gomes. Jogador não utilizado no Benfica, talvez com alguma falta de ritmo, tem a seu favor a grande experiência e presença no balneário e o facto de nunca ter desiludido numa grande competição internacional.

Edinho, na minha opinião, é um jogador que ainda não revelou o potencial para se tornar uma chamada recorrente à selecção. Até pode vir a ser um jogador importante, mas neste momento ainda não o é.

Actualmente fala-se ainda na possível chamada de Saleiro. Está num bom momento de forma, tem jogado bem, mas não faz golos em quantidade, que é o que se pede a um jogador na posição que estamos a falar. Tem ainda muito tempo para vir a mostrar o seu potencial.

O leitor convocaria algum dos jogadores referidos ou tem preferência por outro? Deixe-nos a sua opinião.

domingo, 21 de março de 2010

O terror das lesões


Este fim-de-semana ficou marcado por uma notícia muito má para o Fc Porto mas mais trágica ainda para Varela. O jogador fracturou o perónio e imediatamente, sem nada que o previsse vai ser obrigado a dizer adeus ao resto da época e mais preocupante ainda será a muito provável ausência do Mundial. De repente, a concretização dos sonhos deste jovem jogador é abruptamente interrompida, sem nada que o fizesse merecer. A oportunidade, muitas vezes única, de representar a sua selecção na mais importante competição futebolística do Mundo fica perto de ser anulada.

E é este um dos dramas mais intensos da carreira de um jogador de futebol. Tendo em conta que a média da duração da carreira profissional de um jogador de futebol ronda os 15 anos, a ausência de longos meses e por vezes até mesmo épocas inteiras podem afectar enormemente a carreira de um jogador e sua margem de progressão. A jovem promessa gaulesa Ramsey, do Arsenal, viu de repente a sua carreira comprometida perante uma dupla fractura na perna direita não se sabendo ainda o prazo para o seu regresso aos relvados. O goleador Michael Owen, tão amado em Inglaterra após o seu famoso golo contra a Argentina no Mundial 98, foi constantemente assolado por lesões que o levou a um trajecto de sucesso intermitente no futebol. Em Portugal talvez o caso mais paradigmático seja Mantorras, cujo enorme potencial foi completamente abalado por uma lesão no joelho direito que condicionou toda a sua vida futebolística desde aí. Estes são exemplos de como o drama de aparecimento de lesões é uma realidade eventualmente fatal na vida de um jogador de futebol por mais promissor e talentoso que seja.

Perante esta realidade torna-se vital que os clubes apostem cada vez mais na prevenção através de novas metodologias de treino em termos de abordagem física e num departamento médico competente para minimizar as consequências das lesões graves nos jogadores. Será que a existência de meio plantel aos cuidados do staff médico é puro azar de uma equipa como se diz tantas vezes nos jornais? Será que uma equipa que consegue manter a sua equipa praticamente intacta até ao fim da época é pura sorte? Um exemplo que me tem impressionado esta época tem sido os poucos problemas que a equipa do Benfica tem apresentado relativamente a lesões. Nenhum jogador da equipa base esteve afastado durante muito tempo dos relvados. Isto perante uma equipa que pratica e treina um estilo de jogo intenso e exigente fisicamente. Sorte? Talvez não.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Sporting: o início do fim? (parte II)


Cada vez me convenço mais que o problema do SCP é interno, ou seja, existe alguém na estrutura interna do clube que não quer o sucesso do clube e faz tudo para que as coisas não corram da melhor forma.

De algum tempo para cá que o balneário do SCP passou a ser retratado diariamente na imprensa desportiva e por vezes generalista devido a cenas de pugilismo…
Contudo, gostaria de falar do último caso, que considero o mais grave, pois a parte desportiva não foi minimamente salvaguardada: Izmailov.

Com todos os defeitos que o homem possa ter, com todas as manhas, com toda a falta de vontade, com todos os fingimentos de lesões, com toda a não capacidade de suportar a dor (isto, segundo o ponto de vista de Costinha…), como é possível dispensar o melhor jogador do SCP, no jogo mais importante da época, numa altura em que só aquele jogo poderia salvar a época?

Não… Não me venham com a história de salvaguardar um grupo, do “nós” acima do “eu”. Um clube vive de resultados desportivos mas, segundo Costinha, esta época do SCP poderá ficar recordada como a seguinte: “época em que nada conquistamos desportivamente mas ganhamos um grupo!”

Será que alguém consegue explicar ao Costinha que um grupo se constrói com títulos? Que as vitórias ajudam na fortificação e solidificação de um grupo? Se alguém o conhecer, façam-lhe chegar este post e aproveitem para lhe perguntar algo que vos pergunto a vós: o que ganhou o SCP com a dispensa de Izmailov do jogo contra o Atlético? Como vai o SCP conseguir vender um jogador em litígio com a SAD? Irá mais alguém oferecer 6 milhões por um jogador que quer sair do clube, e de quem a SAD (vulgo, Costinha) se quer ver livre?

Aproveito para dizer que admiro muito Costinha como jogador que foi, mas como dirigente que tenta ser, está a dar tiros nos pés…
E Izmailov está para o SCP como Iniesta está para o Barcelona… Com a diferença de o SCP ganhar “coesão de grupos” e o Barça ganhar títulos.

quarta-feira, 17 de março de 2010

O Post do Leitor

Porque não queremos que o blog se resuma às nossas opiniões (que serão certamente divergentes de muitas outras), convidamos os nossos leitores a escreverem o seu próprio texto para ser aqui publicado. O tema fica ao critério de cada um!

Esperamos que nos enviem para o seguinte endereço de email:

futebolstorming@gmail.com

Sistemas vs Jogadores: O que adaptar?

Confesso que sou daqueles que gosta de perceber as tácticas dos treinadores. Antes de analisar uma equipa gosto de ver o posicionamento dos jogadores e o modo como os treinadores têm a habilidade para usar as características dos seus jogadores em diferentes posições do terreno. Se é verdade que muitos dos treinadores da nossa liga afirmam convictamente que o modelo táctico que utilizam depende das características dos jogadores que têm ao seu dispor, os factos mostram-nos que, quando chegados a um novo clube, esses mesmos treinadores acabam por implementar a sua táctica predilecta, adaptando sim os jogadores ou contratando outros.

De facto, podemos claramente identificar treinadores que, independentemente dos clubes por onde passam, utilizam sempre o mesmo sistema táctico, ainda que proclamem que o que interessa é a dinâmica de jogo e de posições (de que eu não duvido!). Vejamos Jesualdo Ferreira (4-3-3 habitual), Jorge Jesus (4-4-2 losango no Belenenses por exemplo) ou mesmo Manuel Fernandes com o seu 4-4-2 que esta época já aplicou ao Leiria e está agora a implementar no “seu” Setúbal, ainda que de forma menos vincada. De igual modo, não acredito que Paulo Bento não vá aplicar o seu famoso losango no próximo clube que treinar. Tudo isto leva-me a concluir que todos estes treinadores não aplicam o que dizem: a única verdade é que têm um sistema preferido e não são eles que se moldam ao conjunto de jogadores que encontram. Preferem sim adaptar jogadores a novas posições e contratar outros que lhes permitam implementar o modelo táctico que apregoam como sendo o ideal.

Sinceramente não considero ser má solução. É o sistema no qual conhecem todas as rotinas a ser aplicadas, as posições, movimentos e tarefas a executar por cada jogador. Sentem-se à vontade e a mestria de cada um residirá na capacidade para dar dinâmica e eficácia a esse mesmo modelo táctico, tirando partido das características dos jogadores que possuem. É aí que, a meu ver, podem fazer a diferença!

E os leitores o que fariam se fossem treinadores? Certamente que todos os amantes de futebol já experimentaram jogos que nos colocam na pele de treinador. O que fizeram: usam o mesmo sistema táctico de base em todos os clubes que orientam ou mudam consoante as características dos jogadores que encontram?

domingo, 14 de março de 2010

A procura de uma seleção na máxima força (Defesa Esquerdo)


Como já disse num dos meus posts antigos, eu gosto de encontrar soluções para os problemas com que me deparo. E quanto mais criativas e inovadoras forem as soluções, mais satisfeito fico. Estando nós já relativamente perto do mundial da África do Sul, gostaria de aqui partilhar aqueles que para mim poderão ser os problemas da selecção de todos nós. Gostaria ainda que o leitor deixasse a sua opinião, para ver se somos capazes de chegar a um consenso.

Comecemos neste post por analisar o lado esquerdo da defesa. Duda tem sido o eleito, mas será ele capaz de fazer o lugar com todo o brilhantismo que nas grandes competições internacionais é exigido aos defesas? Duda é um antigo médio ofensivo, que tal como muito dos defesas laterais actuais foi convertido de uma posição noutra . Isto assegura a vocação ofensiva que creio que um lateral deve ter, mas será que o aspecto defensivo estará também assegurado? Duda, tem cumprido, é um bom jogador, mas será a solução mais consistente?

Passando para outras soluções, Miguel e Paulo Ferreira podem ser adaptados ao lado esquerdo. Ambos já mostraram ser laterais direitos de excelência, mas no lado esquerdo são um pouco intermitentes. Além disso, estão longe dos seus dias de glória em que eram recorrentemente falados por essa Europa fora.

Soluções de origem do lado esquerdo, mas também extremos adaptados a laterais, estão na luta César Peixoto e Fábio Coentrão. César Peixoto já mostrou saber jogar a bola, tendo também a vantagem de jogar em várias posições e Fábio Coentrão já afirmou gostar da posição e já fez jogos de bom nível naquele lugar. Mas como os anteriores, ainda nenhum deles exibe a consistência necessária.

Residirá a solução em alguém não referido aqui? Em tempos pensei que Antunes pudesse resolver este problema, mas agora está longe do potencial que exibiu. Rúben Lima e Fábio Faria, que jogaram na última convocatória dos sub-21 também me parecem não estar ainda a altura de um mundial.

Em que jogadores residirá a solução de Carlos Queirós para um lado esquerdo da selecção forte?

quinta-feira, 11 de março de 2010

Ontem foi um dia importante


Em rescaldo das primeiras quatro partidas realizadas para os oitavos da Champions, houve um jogo que se destacou pela sua importância e contexto, cujo desfecho nos faz pensar realmente no significado do rumo que o futebol moderno actualmente vai seguindo cada vez mais.

Em Santiago Bernabéu, toda a gente pôde testemunhar a surpreendente eliminação do Real Madrid perante um Lyon de grande qualidade mas de reputação claramente inferior. Foi a sexta queda consecutiva do Real Madrid nos oitavos de final da Liga dos Campeões, que pôs a nu a fragilidade de uma estrutura desportiva por si só difícil de gerir, mas visivelmente em estado de ebulição. As expectativas enormes dos adeptos merengues e do presidente do clube, as manifestações de desagrado perante as decisões e métodos de Pellegreni, o choque de estrelas mais que previsível tendo como exemplos máximos o adormecimento do monstro futebolístico que é Kaká e o puro desaparecimento de Benzema são todos factores que nos põe a pensar se realmente existe um real planeamento futebolístico delineado no clube.

O Real Madrid recentemente foi referenciado como o clube mais rico do mundo (segundo a consultora Deloitte) e cujo lucro superior a 400 milhões de euros num ano constituiu um recorde histórico para um clube desportivo. O investimento no plantel para esta época excedeu os impensáveis 250 milhões de euros, no entanto a humilhante eliminação na Taça do Rei e o adeus precoce à Liga dos Campeões são para já os únicos pontos de destaque nesta época.

Toda esta realidade nos faz pensar nos verdadeiros objectivos da direcção do clube. Quando questionado sobre os gastos astronómicos do clube em transferências, Florentino Perez apenas consegue responder com o simples argumento puramente economicista de que as novas caras do plantel são importantes fontes geradoras de enormes lucros. Pelas palavras da direcção não conseguimos vislumbrar qualquer tipo de preocupação com o desenvolvimento futebolístico do clube, simplesmente não tenho conhecimento de referências a investimentos milionários nas escolas de formação, nem no scouting, nem na construção de um staff técnico coerente e sólido no clube. A estratégia base parece orientar-se no princípio básico de acenar com o dinheiro, reunir os jogadores mediaticamente mais reputados, e simplesmente juntá-los para fazer uma equipa, mas a verdade é que a construção de uma equipa é simplesmente a tarefa mais complexa e determinante do futebol e nunca poderá ser desempenhada assim de forma tão básica.

Um dia perante os difíceis jornalistas italianos, José Mourinho afirmou: “A personalidade e o carácter são valores que não se compram”. Talvez seja uma frase que resume todo o dilema do futebol moderno e uma questão com que muitos se devem ter debatido na noite fria de ontem ao sair de Bernabéu.

terça-feira, 9 de março de 2010

Portugal visto de França…

Olá grande amigo, tudo bem? Espero que esteja tudo bem contigo...Tal como me pediste, vou-te emitir a minha/nossa opinião acerca da visão do futebol Português aqui em França.

A grande maioria, não acredita que o FCP não vai ser campeão. Não conseguem imaginar o clube que dominou o futebol português nos últimos 15 anos não só a não ser campeão, como também a poder ficar de fora da Liga dos Campeões. Acompanhamos os jogos do FCP e acreditamos que a culpa não poderá ser só apontada ao (benfiquista) Jesualdo Ferreira.

Falando do Benfica, bem, que eles estão com o gás todo, lá isso estão mas, como irá ser com Marselha, FCP, Nacional, Braga, Académica? Irão aguentar esta pedalada até ao fim? Como irão reagir a um eventual deslize? Conseguirão manter-se nos mesmos níveis anímicos? No próximo e-mail que te enviar já vamos ver melhor como se porta este clube que este ano pratica, de longe, o melhor futebol da Liga, apenas uma consequência lógica de terem o melhor plantel do campeonato português (não imaginas o que me custou dizer estas palavras…).

Quanto ao meu Sporting, acordou tarde… Andou muito tempo à deriva numa época desastrosa a todos os níveis, vai-se tentar remediar na Liga Europa mas, pensar que a podemos vencer, é apenas um sonho… É quase como acreditar que o Belenenses não vai descer de divisão. Contudo, e como a esperança é a última a morrer, quero acreditar que ainda vamos chegar ao terceiro lugar. Afinal, agora temos um jogador que até gosta de Poker… E olha que ele não faz bluff :=)

Aproveito para te dizer que aqui em França o Marselha apesar do empate jogou muito bem, tem um ataque muito forte, mas a defesa deles é muito permeável. Quanto ao meu Lyon, bem, o Lisandro é dos jogadores mais completos que já vi actuar nesta liga Francesa. Fala-se cá em França que o Raúl Meireles vem para a próxima época fazer companhia ao Lucho, é verdade?
Apenas uma curiosidade, sabes que aqui em França, ninguém fala do Braga? Eu bem lhes tento dizer que eles estão bem classificados, que podem ser campeões, mas ninguém lhes dá valor… Também é normal, afinal, a imprensa estrangeira não vai dar destaque a um clube pequenino, não achas? É quase como eu falar-te do Valenciennes, conheces? Pronto, é como os Franceses em relação ao Braga.

Um grande abraço, e no final do campeonato fazemos contas!”

Hugo Torres

E-mail recebido de um emigrante Português em França, um grande amigo, e um grande Sportinguista!

Um grande abraço para ti, Hugo!

domingo, 7 de março de 2010

Que pasa Porto?

Este é um ano de futebol nacional verdadeiramente atípico: Braga a surpreender com uma época notável, Sporting em total crise de confiança e o Benfica com visíveis melhorias em relação a anos anteriores. Confesso no entanto que o que mais me espanta nesta época é a instabilidade que o FCPorto tem apresentado.

Se puxarmos a cassete dos últimos três anos atrás, verificamos que o FCPorto é uma equipa que raramente começa a disparar todas as balas que tem no início do campeonato. É sim um conjunto que, tradicionalmente, vai crescendo ao longo da época, agigantando-se à medida que aumentam os desafios e dificuldades e que mais tarde ou mais cedo começa a distanciar-se dos seus adversários. Mais que emocional é um clube racional: fazem a festa, preparam o ano seguinte e assim sucessivamente.

Por tudo isto, se todos os que gostam de futebol e têm amor ao seu dinheiro, fossem obrigados a apostar num vencedor no início do ano certamente a maioria apostaria no Porto. Mesmo considerando a habitual fuga de jogadores fulcrais no onze e o avultado investimento efectuado pelos seus rivais, ninguém esperaria que, neste momento, o clube estivesse tão atrás e que o 2º lugar não fosse mais que uma miragem quando ainda faltam 8 jornadas para o fim. Seria capaz de apontar várias razões para este insucesso no campeonato mas vou ficar pelas três que considero que tiveram mais preponderância.

Antes de tudo mais, penso que houve mau planeamento na definição do plantel não no que ao onze diz respeito mas ao nível das chamadas “segundas linhas”. Quando foram precisas raramente conseguiram responder a um nível aproximado dos titulares e numa prova que premeia a regularidade, estas deverão estar (ou ser?) mais que capazes de se assumirem como alternativas válidas. Outro ponto mais que discutido está no substituto de Lucho. Se Álvaro Pereira e Falcao encaixam que nem uma luva, o mesmo não se pode dizer de Belluschi (um bom segunda linha, não um titular). Ruben Micael não estava mesmo ali à mão desde o início do campeonato?

Se é certo que havia desequilíbrios no plantel, também deveremos ser justos e analisar os factos. Jesualdo raramente conseguiu manter um onze em duas jornadas seguidas. Tenha sido por lesões, castigos ou suspensões o treinador portista raramente teve oportunidade de consolidar processos (como tão bem faz) e fazer crescer a equipa para patamares superiores. Penso que a lesão de Fernando antes do jogo do Sporting é o melhor exemplo para o que acabei de dizer.

Por fim, considero que a vertente psicológica teve muita importância no desfecho desta época portista. Passo a explicar. No que aos jogadores diz respeito, foi notória a falta de estímulos que estes sentiam em alguns jogos, o acomodamento ao pensamento “mais para a frente do campeonato isto vai-se resolver”. O que é certo é que os adversários não perdiam pontos e o Porto parecia continuar com este pensamento. Por outro, considero que definitivamente estalou o verniz na relação Jesualdo/Adeptos, chegando a um nível de saturação ao qual nem o próprio treinador parece ter forças para combater.

Restam três competições nas quais o clube tentará salvar a época, sendo a mais aliciante jogada já esta terça-feira. Conseguirá o clube conquistar algo capaz de superar a desilusão dos seus adeptos pelo falhanço do Penta?

terça-feira, 2 de março de 2010

Entrevista com Campinho (Varzim S.C)


Apresentamos de seguida a entrevista com Campinho, jogador do Varzim Sport Clube:

1- Gostávamos que, brevemente, descrevesses o teu percurso, nos escalões que consideras mais relevantes e mais importantes na tua formação, até ao momento actual, seniores do Varzim.

Comecei nos iniciados do clube da minha terra, o M.A.R.C.A (Vila Cova, Barcelos), saindo deste para os juvenis do Marinhas onde joguei dois anos. No primeiro ano de júnior mudei-me para o Varzim, onde, passado pouco tempo assinei contrato de formação. O contrato profissional apareceu no final da segunda época de juniores. Este é o 5º ano como profissional no Varzim.

2 - Se tivesses carta-branca para eleger um clube em Portugal qual escolherias e porquê?
Fora os três grandes, onde qualquer profissional gostaria de jogar, o Braga e o Guimarães são os meus preferidos. Pela proximidade, organização, grandeza e massa que os acompanha. São dois clubes que qualquer jogador gostava de ter representado na carreira.

3 - Sentes que ainda vais a tempo de fazer parte de um desses clubes?
Concerteza. A ambição tem que fazer parte de qualquer profissional. Sei que é difícil atingir esse patamar, mas trabalho todos os dias para que um dia possa subir na carreira. Estou num bom clube para me preparar para esse futuro, e sei que se quero chegar lá, tenho que trabalhar muito no clube onde estou, o Varzim.

4 - Consideras, por experiência própria, que ter um balneário unido é meio caminho andado para o sucesso desportivo?
Qualquer jogador, para ter sucesso, precisa do sucesso dos colegas, e consequentemente, da equipa. Se uma equipa está mal, os jogadores da mesma não são falados. Se uma equipa está bem, é porque os jogadores são bons, e toda a gente repara. No Varzim, praticamente único clube que representei, sempre passamos por muitas dificuldades. Como devem imaginar, se o balneário não fosse unido e não déssemos as mãos ia ser muito mais difícil. O balneário é o coração de qualquer equipa!

5 - Quando dizes "passamos por muitas dificuldades", refere-se a que tipo de dificuldades? Financeiras, que são públicas?
Principalmente essas, como são do conhecimento de toda a gente. Mas o dia-a-dia traz outras dificuldades que temos de ultrapassar todos os dias.

6 - Porque é que depois de teres ido as selecções nacionais, te "apagaste" do panorama futebolístico?
A vida tem destas coisas. Não gosto de arranjar desculpas para me desculpar a mim próprio. O meu espaço está a ser conseguido agora, coisa por que esperava há muito tempo. Se por algumas vezes me senti injustiçado, isso só me deu mais força para continuar a trabalhar e conseguir ser melhor para conquistar um lugar e mostrar o meu melhor. Tenho conseguido coisas bonitas, e as coisas más só servem para eu aprender e ser melhor. Quando estamos bem temos de lutar a dobrar para não voltar àquilo que nos revolta: não jogar! Falando propriamente do "panorama futebolístico", os jogos pintam esse panorama! O passado já lá vai...

7 - Mas sentiste-te injustiçado por alguém em particular? Guardas alguma mágoa para com algum seleccionador em particular?
Nunca representei nenhuma Selecção Nacional, apenas selecções de distrito como a de Braga onde vencemos o torneio em que participei. A mudança para a Póvoa já no escalão de juniores, prejudicou-me porque não pude dar seguimento a esse trabalho...

8 - Porque é que, no teu entender, os clubes não apostam nos jogadores da formação e preferem jogadores emprestados e/ou estrangeiros, por vezes desconhecidos e de qualidade muito duvidosa?
Primeiro dizer que Portugal, tem jogadores jovens com muita qualidade. O futebol está a passar por uma crise muito grande, sentida nos clubes de menores dimensões que por vezes não têm recursos. Isso é um factor que está a mudar o sentido da tua pergunta, ou seja, os clubes começam agora a apostar no que têm de bom. Mas para justificar esse fenómeno é simples: a competitividade é muita, as equipas são muito homogéneas, e por vezes os jovens não estão preparados o suficiente para serem lançados às "feras". Um jogo não é só técnica. Envolve experiência, calma, boas decisões. Como devem imaginar, ter só jogadores jovens pode criar um défice desses factores, que podem decidir jogos... Depois há outros factores, gerados pela globalização a que o mundo assiste. Cabe aos jovens trabalhar ainda mais e melhor para os clubes apostarem neles.

9 - Mas sentes que quando um jovem sai dos juniores, não está preparado para se integrar numa equipa sénior?
Depende de todo o processo de formação que esse jogador teve, as divisões em que participou e as vezes que trabalhou com os seniores. Eles só podem estar bem preparados se trabalharem com os profissionais. E é isso que se nota que está a mudar. Os jovens já treinam com a equipa profissional, sendo postos à "prova" e vendo o desempenho destes junto dos mais velhos.

10 - Como descreves a tua estreia em Guimarães, contra o Vitória, num estádio cheio, num ambiente infernal, em que o Vitória lutava pela subida, que depois conseguiu conquistar?
Esse foi o jogo que marcou a minha carreira e a maneira como passei a ver as coisas. Nesse jogo aprendi mais do que em grande parte da minha carreira. Foi, como disseste, a minha estreia a titular, num estádio capaz de atormentar um jovem da minha idade, frente a uma equipa a jogar com os seus recursos todos. Fui, como já disse, lançado às "feras" quando a equipa atravessava uma má fase. Felizmente correu bem e, apesar do empate, saímos felizes de Guimarães.

11 - Nestes jogos a motivação supera a ansiedade? Ou a ansiedade é algo incontrolável em ambientes como o que referiste?
No meu caso, após 5 minutos de jogo a ansiedade (que diga-se, era muita), foi ultrapassada e apenas estava concentrado no jogo. Estava tão feliz por estar ali, era uma sensação única! Portanto tinha de desfrutar do jogo e preocupar-me em jogar bem para continuar a ser opção.

12 - Se pudesses eleger o teu melhor jogo, qual seria? E o pior?
O meu melhor jogo diria que foi em Chaves, a apenas algumas jornadas atrás, onde vencemos e estive bem em lances complicados. O pior, diria que foi contra o Freamunde, há uma semana atrás, não pelos 90 minutos, mas pelo último minuto do encontro, onde quando tentava proteger o guarda-redes de uma bola perdida na área, esta tabelou em mim e entrou, cedendo um empate num jogo que tivemos muitas oportunidades para marcar, ultrapassando assim esse adversário na tabela classificativa. Foi um aperto no coração, foi o juntar da tristeza de toda a gente que estava no estádio. Mas estas coisas acontecem e só me tornou ainda mais forte.

13 - Tens a oportunidade de agradecer publicamente a um dos teus treinadores: qual escolhes e porquê?
Todos os treinadores são importantes pelas diferentes teorias que têm e pelo que exigem de nós. O mister Horácio Gonçalves como o primeiro treinador que tive, foi muito importante. Depois o Mister Diamantino deu-me muitas oportunidades e aprendi com ele a ser frio e forte. O Mister Eduardo Esteves é talvez o mais importante por várias razões: já trabalho com ele desde as camadas jovens, foi ele quem acreditou em mim no jogo em Guimarães e que agora me está a dar estas oportunidades. Sabe ser amigo de quem o é para ele.

14 - Qual o jogador mais difícil de marcar que já enfrentaste?
Isso é uma resposta difícil porque já enfrentei muitos e cada um tem as suas características que nós temos de ter engenho para as bloquear. Não tenho nenhum nome a assinalar.

15 - E qual o melhor jogador que jogou na mesma equipa que tu?
O Mendes, está actualmente no Varzim, emprestado pelo Braga. É dos jogadores mais rápidos e com técnica com quem já joguei. É imprevisível e decide um jogo a qualquer momento.

16 - Pelo que sabemos, és alguém muito querido por parte dos adeptos do Varzim. Alguma palavra em especial para eles?
Qualquer jogador que jogue no Varzim fica deslumbrado com o carinho dos adeptos. São exigentes mas no final estão sempre ao nosso lado. Vão connosco para todo o lado e sabem assobiar quando devem, mas também sabem bater palmas mesmo quando perdemos. Eles são a imagem de marca do Varzim! A eles um obrigado por tudo que, mesmo sem darem por isso, fizeram-me crescer como jogador.

17 - Para terminar, como classificas a presente época, e o que esperas da tua carreira daqui para a frente?
Esta época está a correr especialmente bem. Fiz uma boa pré-época e tenho mantido as boas exibições. Para mim espero continuar a jogar e a ajudar a equipa, que apesar das dificuldades, tem apresentado um bom futebol. Temos um balneário forte, com bons jogadores, e estamos unidos para enfrentar a competitividade da segunda liga, e atingir os nossos objectivos o mais rápido possível.

Em nome do blog, queremos agradecer a possibilidade que nos deste de mostrarmos aos nossos leitores o lado de dentro do futebol, realçando a extrema disponibilidade e humildade com que nos concedeste a entrevista. Muito boa sorte para o futuro e que os teus sonhos se concretizem!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Amanhã não percam - Entrevista com Campinho (Varzim S.C)!


A essência do futebol


O meu post de hoje aparece como um tributo ao futebol com golos. Esta jornada tivemos muitos, para todos os gostos e feitios. 4-1, 3-1, 5-3, 3-0, isto sim, isto são jogos de futebol com tudo aquilo a que um espectador que compra bilhete tem direito.

Hoje em dia, não é fácil aparecerem jogos com muitos golos. As equipas estão mais frias e calculistas, fechando-se na defesa mal se encontram a ganhar contra um adversário mais forte ou do mesmo nível. Sem querer tirar mérito à tática montada pelos seus treinadores (que exige preparação e trabalho) creio que também é possível ganhar jogos dando espetáculo e marcando muitos golos.

Há muitas equipas capazes de encontrar motivação para a seguir a um golo irem atrás do outro. Há muitas equipas capazes de querer mostrar que são muito superiores ao adversário, querendo marcar cada vez mais golos. É a raça de uma equipa que se vê nestes momentos, não deixar respirar o adversário e mostrar que são melhores em todas as jogadas e em cada lanço dividido.

Gosto de futebol de ataque, agressivo e rasgadinho, com golos e muitos. Gosto de equipas que não se conformam com o que já têm. Gosto dos golos com celebrações extravagantes. Gosto da loucura das claques.

Uma vénia ao futebol de ataque...