sábado, 5 de fevereiro de 2011

Importa-se de repetir?

Confesso que tentei resistir à tentação de voltar a abordar o tema “Sporting”.

Mesmo sabendo que (incompreensivelmente) os dirigentes do clube não consultam o FutebolStorming, a indignação com a maneira como o clube está a ser gerido pelos diversos agentes que o constituem, merece que se continue “a bater no ceguinho”.


Comecemos pelo presidente demissionário que ficou mais célebre pelo “forever” do que propriamente pelo sucesso da sua gestão. Vindo agora a público ecos de que a venda de Liedson servirá para pagar salários em atraso, fica no ar a ideia de que aproveitou o fracasso desportivo para se livrar, enquanto era tempo, do buraco em que estava metido. Pode até nem ser isso mas acaba por ser a ideia que transparece para a opinião pública. Abandonar o barco a meio nunca foi boa solução, muito menos quando é o comandante a dar o primeiro sinal de desistência.


Depois temos José Couceiro e Costinha. Que dizer desta dupla? Dando de barato que os dois possuem competências e boa vontade suficiente, vou cingir a questão apenas à vertente organizacional/financeira para expor o meu ponto de vista:

• Organizacional – a estrutura de um clube de futebol não é assim tão complexa que exija a existência de dois elementos que, no fundo, desempenham as mesmas tarefas (ligação equipa/presidente, gestão das contratações, etc). Se não desempenham deveriam fazê-lo já que em termos organizacionais não se justifica a presença de duas pessoas cujas funções se confundem;
• Financeira – numa altura em que o clube vive uma crise profunda e que vende jogadores ao desbarato, porquê possuir dois colaboradores com funções tão idênticas? Não será isto desperdício de recursos financeiros?

No que concerne à equipa de futebol tem sido tudo dito. Por muito que os adeptos não queiram admitir, o plantel actual do Sporting não é capaz de competir, de forma contínua, com Porto e Benfica. Ainda que esporadicamente a equipa nos brinde com bom futebol, o jogo seguinte desmistifica de imediato a ilusão de que a equipa poderá atingir outros patamares. Quando Cristiano é o reforço de Inverno, quando se joga com três médios de contenção contra o último classificado e quando não se consegue contratar ao Marítimo é porque algo vai mal.

Não fosse tudo isto suficiente, olha-se para o que o futuro poderá reservar e não se vê luz ao fundo do túnel. O único jogador capaz de resolver jogos vai agora embora, o treinador está completamente desamparado e desorientado e os adeptos compreensivelmente impacientes. Por fim, vemos que o único candidato à presidência do clube para além de não ter o dom da oratória, também promete mundos e fundos que soam a irreais.

A própósito, deixo um aviso para todos os que pensam na melhor forma de rentabilizar o seu dinheiro: esqueçam os depósitos a prazo, as acções e mesmo a compra de dívida pública portuguesa. Braz da Silva anunciou que vem aí um fundo de investimento (“FIFA 2011”) por ele criado que garante um retorno de 8% ao ano!


Com ideias fantásticas como esta, corre o sério risco de ser contratado por uma instituição financeira e, mais uma vez, o clube ficar sem Presidente… E a história repete-se…

1 comentário:

  1. A Câmara Municipal de Lisboa, ao que parece, resolveu dar ao Sporting 3 balõeszinhos de oxigénio financiando 3 Pongolles nas próximas 3 épocas.

    O acordo era pagar um Pongolle e dar edifícios para reabilitação de modo ao Sporting ganhar ainda mais mas alguém 'com vistas largas' achou que o melhor era os Pongolles mesmo senão os prédios ainda caiam tal a propensão do Sporting para desvalorizar activos.

    O clube das Elites vai ser salvo pelo CML e ninguém diz nada... e se fosse o clube do povo? Não faltariam 'paineleiros' e 'comentadeiros' de futebol e de politica a indignarem-se contra esta pouca vergonha que é um país em crise, uma Câmara falida dar dinheiro a um bando de incompetentes para comprarem Pongolles.

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