quinta-feira, 10 de março de 2011

Dividir para reinar

Vivemos num mundo marcado pelo oportunismo e pela ânsia do poder. Disso todos sabemos.

As eleições no Sporting parecem ser o melhor exemplo deste retrato nacional que agora tracei. De facto, num momento particularmente delicado que o clube atravessa e que deveria redundar em união de todos os sportinguistas eis que se verifica precisamente o contrário.

Mais do que vontade de ajudar propriamente o clube, a ideia que me transparece é a de um conjunto de indivíduos que estavam sedentos que este momento chegasse. À medida que mais candidatos iam surgindo, outros despertavam a sua consciência e percebiam que afinal “não parecia tão mal também candidatar-me”.

Conclusão: são já seis os candidatos à presidência de um clube que é que o menor dos três grandes em termos de dimensão – social, económica e desportiva.

Confesso que já me perdi um pouco no emaranhado de listas que foram apresentadas mas muitas delas parecem-me sem qualquer consistência no projecto apresentado. No entanto, lendo em traços gerais aquilo que Bruno de Carvalho tem vindo a público transmitir, parece-me um candidato com ideias firmes e cuja intenção (ainda que encoberta) de contratar Domingos Paciência é uma boa solução atendendo à realidade leonina. Treinador conhecedor, jovem e com ambição.

Aliado a isto está o facto de contar com indefectíveis sportinguistas na lista como Augusto Inácio e Eduardo Barroso capazes de me fazer acreditar que estão lá, realmente, para servir o Sporting e não para se servirem dele.

O que importa perceber é que à mesma velocidade com que surgem novas listas, estão-se a aumentar as possibilidades de ruptura no seio do clube. Nenhum presidente eleito terá concordância sequer maioritária no seio dos notáveis leoninos para desenvolver um trabalho tranquilo e com o suporte humano e financeiro necessário.

E isso é um dado preocupante! Até porque quando muitos querem pouco se tem...

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