terça-feira, 7 de junho de 2011

Afirmações perigosamente desnecessárias


A comunicação que se tem com os media é uma ferramenta demasiadamente forte para ser descurada. Com base numa simples entrevista que se dá a um jornal, rádio, site, canal de tv, etc, pode-se criar um efeito devastador na imagem e nas relações que se mantém com os adeptos, direcção, clubes adversários e um sem número de possíveis intervenientes mais.

Muitos jogadores e treinadores sentem que é perfeitamente aceitável e de valor fazer transparecer tudo o que vai na sua alma perante os microfones e as câmaras. A realidade pode não ser bem assim.

Ultimamente temos testemunhado declarações do Fábio Coentrão que, mantendo ainda um vínculo contratual ligado ao Benfica, expressamente tem afirmado que quer sair do clube para o Real Madrid. A vontade é de facto inquestionável e as probabilidades da transferência se concretizar são até elevadas, no entanto, a forma como Coentrão abertamente tem lidado com o assunto poderá virar-se contra ele.

Está já em curso um processo disciplinar contra o jogador, logo as relações entre administração e jogador não são neste momento as melhores. Os adeptos talvez compreendam mas certamente não vêem com bons olhos certas afirmações reveladas tão abertamente e com demasiada determinação por alguém que supostamente deverá ter jogado com orgulho e amor à camisola.

Talvez teria sido melhor Coentrão ter optado por um discurso mais cauteloso e ter deixado correr as negociações de bastidores por si. Nota-se que a sua ânsia de ascensão têm-se reflectido em entrevistas onde a emoção tem dominado a razão. E quando o discurso para as câmaras e microfones se torna demasiado emocional, as consequências tornam-se perigosamente imprevisíveis.

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