quarta-feira, 1 de junho de 2011

Um campeonato alavancado?

Da Roménia chega uma notícia surpreendente relativamente à fragilidade de um clube. O Timisoara, vice-campeão romeno, numa questão de dias viu-se relegado para a segunda divisão devido ao pesadelo financeiro que o clube atravessa. Toda uma realidade de quase insolvência de um clube não foi o suficiente para se reflectir no rendimento desportivo da equipa. Um caso que certamente deixa-nos pensar.

Fazendo agora um paralelismo para o nosso campeonato, quantos clubes estarão neste momento com a corda no pescoço? Já vimos desaparecer num ápice clubes a que nos habituamos a acompanhar e a crescer com eles tais como o Boavista, Salgueiros, Estrela da Amadora, Farense, etc.

Até que ponto todo o rendimento desportivo do clube não estará a de uma certa forma a abafar e a esconder uma grave crise financeira? Muitos clubes da nossa primeira liga registam assistências baixíssimas e uma perda cada vez maior de associados. São cada vez mais escassos também os investidores que querem pegar num clube de futebol dado que a rentabilidade que poderá advir é praticamente nula.

Entretanto chegamos a uma nova fase de construções de plantéis para a próxima época. Todos os dias iremos ouvir novas contratações de novos jogadores, muitos deles brasileiros, outros argentinos, outros franceses, etc. Muitos jogadores que provavelmente virão recheados de claúsulas compremetedoras negociadas por intermédios de agentes e empresas intermediárias esfomeadas por um bom negócio. E muitos clubes medianos, ávidos por soluções rápidas para preparar a pré-época e para mostrarem trabalho aos adeptos, poderão acordar com contratos que nada poderão favorecer o clube quanto a um possível retorno financeiro futuro derivado à valorização do jogador.

Há-de chegar sempre o dia em que os clubes alavancados terão que prestar contas. Muitos que vivem acima das posses e completamente desfasados da sua realidade financeira nunca irão ter um futuro promissor. E esta dura realidade poderá não se aplicar só aos clubes modestos e de meia-tabela, como o exemplo romeno tão bem nos elucidou.

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