sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Já começam a fazer parte da “mobília”…


Se vos falasse de um clube que, neste século:
• Participou pela primeira vez na sua história numa competição europeia em 2007;
• Já atingiu uma vez a final da Taça de Portugal, uma vez a meia-final e duas vezes os oitavos de final da competição;
• Tem como classificação média o 10º lugar;
• Na temporada de 2006/2007 foi, a par do Chelsea de José Mourinho, a equipa na Europa que teve mais tempo sem perder dentro de portas;

…certamente poucos de nós nos lembraríamos de referir o Paços de Ferreira.


Embora seja um clube que continue num nível médio do nosso futebol é, a meu ver, um clube que merece uma nota de destaque. Na última década, só uma vez não teve no principal escalão do futebol nacional, apresentando sempre um padrão comum em todas as suas equipas – abnegação, esforço e organização. Essa organização dentro de campo, parece reflectir uma estrutura directiva bem pensada, com papéis correctamente definidos e que, aliando à competência e discrição do seu presidente Fernando Sequeira, tem ainda alguns ex-jogadores que procuram transmitir o espírito pacense (Carlos Carneiro) aos mais novos.


Basta recuarmos alguns anos, para nos apercebermos que daquele clube têm saído alguns nomes interessantes no panorama futebolístico nacional. A aposta nos treinadores nacionais e a estabilidade oferecida no clube, conduziu a que primeiro José Mota e, mais recentemente, Paulo Sérgio despontassem e pudessem ambicionar novos voos. A contratação de Rui Vitória sustenta a tese de que o mercado interno de treinadores continua a ser a grande linha estratégica para este clube.


A equipa deste ano dá claros indícios de manter a matriz dos últimos anos. Observava no último fim-de-semana o jogo com o Vitória de Setúbal e reparava na identidade que a equipa possui – é compacta, aguerrida mas não se desposiciona facilmente. Alia jogadores emprestados jovens, de qualidade e que se querem afirmar (David Simão, Pizzi, Nélson Oliveira e Bura), com alguns brasileiros que lhe conferem um outro toque de qualidade (Leonel Olímpio será o melhor exemplo). O último toque é confinado pelos jogadores mais experientes que carregam o símbolo pacense há mais tempo – F.Anunciação, Paulo Sousa, entre outros.


Percebe-se que, a pouco e pouco, o Paços de Ferreira afirma-se no futebol nacional e, mais importante que isso, começa a ser olhado por jogadores e treinadores como um bom local para se afirmarem, ganharem experiência num clube sem grande pressão e onde a estrutura que está por trás, garante parte do sucesso.


Embora não seja um histórico do nosso futebol, é indiscutível que começa a ser um clube que ameaça fazer parte da “mobília” do futebol principal português nos próximos anos… E como nós precisamos de clubes estáveis como este!

4 comentários:

  1. http://golo-dourado.blogspot.com/ visita, lê e comenta, obrigado!

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  2. O Paços é mais do que um clube. O Paços é uma familia.

    nao é equipa para mover multidoes nem lidar com milhoes.

    mas é um clube serio, honesto, onde nao ha espaço para a falta de humildade ou mediatismo reles. nao ha bicos de pes.

    ha cabeça erguida de quem trabalha para que tudo seja como deve ser... bonito, pratico, limpo.

    o post, demonstra bem o que é actualmente o paços, e ao ler tal post so posso sentir orgulho.

    parabens ao autor

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  3. é um orgulho ser deste clube
    pode nao ser o melhor clube do mundo aos olhos de outras pessoas mas, para mim, este PAÇOS É E SEMPRE SERÁ O MELHOR CLUBE DO MUNDO

    O PAÇOS É O MEU ORGULHO

    AMO-TE PAÇOS <3

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