quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Plano B!

A existência de planos alternativos às soluções consideradas inicialmente, parece-me um acto elementar de gestão. Mais do que pensar naquilo que achamos ser a primeira e melhor opção, considero que toda e qualquer organização (seja ela de que carácter for) deverá sempre preparar as bases para qualquer inconveniente que se venha a verificar. Também no futebol essa máxima se deveria aplicar.

A extinção das equipas B em Portugal há uns anos atrás foi uma das grandes machadadas às aspirações das equipas portuguesas nesse sentido – o de preparar o futuro de forma sustentada. Confesso que não sei as razões que levaram a esta tomada de posição mas, analisando os dividendos que as equipas poderiam retirar da existência destas equipas secundárias, duvido que não houvesse motivos suficientemente positivos para continuar com elas.

Se olharmos para os principais clubes portugueses, todos nós somos capazes de identificar um conjunto de jogadores que, com potencial, estão a ser claramente subaproveitados por falta de espaço nos respectivos clubes. Não podendo alternar entre equipa B e equipa principal, estes jogadores ficam circunscritos à remota possibilidade de jogar pela equipa principal, perdendo confiança e, certamente qualidades com o passar dos dias. Com a existência de equipas B, um jogador que não seja convocado para a equipa A, pode facilmente manter o ritmo competitivo na equipa B do respectivo clube, mantendo a forma e continuando a valorizar os activos do clube.

Como em todos os casos da vida, tomemos por exemplo o melhor caso – Barcelona. Olha-se para a sua equipa B e vê-se uma equipa na qual os jogadores que não têm tido tanto espaço na equipa principal vão colocando em campo a matriz de jogo que identifica o clube, permitindo uma integração sustentada. Jogadores como Thiago, Nolito ou Fontas já vão aparecendo esporadicamente no plantel principal e isso é fruto deste chamado plano B. Chegam ao plantel principal e apresentam ritmo e facilidade de identificação com os processos de jogo de toda a equipa.

Sei que esta não é uma solução que possa ser aplicada a todos os clubes nacionais. No entanto, importa que aqueles com maiores possibilidades financeiras pensem nisso e nas vantagens que daí poderão retirar. Ganham os clubes, os jogadores e as selecções nacionais das camadas jovens que têm os seus seleccionados com ritmo competitivo.

Como diria um locutor de rádio: “Vale a pena pensar nisso”.

2 comentários:

  1. Como o ano está a acabar, o Império Futebolístico decidiu fazer uma especie de retrospectiva do ano de 2010, fazendo para isso uma selecção dos 10 momentos mais marcantes deste ano que está a findar.

    Comente e faça as suas escolhas sff.

    Abraços

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  2. Na ‘especial’ qualidade de Presidente do Conselho de Administração (ando a procurar um ex-seleccionador de um país de leste para o cargo de Director-Geral) do blog http://benfiliado.blogspot.com/ venho desejar aos que Produzem, Realizam, Escrevem e Publicam este blog os votos de um Santo e feliz Natal.

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